Bloomberg — A vice-presidente Kamala Harris anunciou que buscará a indicação democrata como candidata à presidência após a decisão de Joe Biden de desistir da corrida eleitoral de 2024 e apoiá-la.
“Estou honrada em receber o apoio do presidente e minha intenção é fazer por merecer e ganhar essa indicação”, disse Harris em um comunicado no domingo (21).
Biden, o presidente mais velho da história dos EUA, com 81 anos, disse no domingo que não buscaria a reeleição, revertendo sua decisão após semanas de pressão crescente para encerrar sua candidatura por parte de colegas democratas.
Um desempenho desastroso no debate em junho provocou um pesadelo político para os democratas, que temiam que Biden não fosse capaz de derrotar o republicano Donald Trump.
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Biden endossou Harris, de 59 anos, para ser a candidata democrata, dizendo que ela tinha seu “apoio total”. Mas sua decisão ocorre a poucas semanas da Convenção Nacional Democrata em Chicago, potencialmente abrindo as portas para o caos se outros candidatos decidirem entrar na corrida.
Harris — a primeira vice-presidente mulher, negra e asiática — é popular entre partes-chave da base do eleitorado do partido e seria uma candidata provável para ajudar os democratas a se unir em torno de um nome.
A percepção de passar por cima de Harris também seria politicamente arriscada para o partido, que depende fortemente da participação dos eleitores de cor, incluindo de mulheres negras.
Vários democratas proeminentes e grupos liberais ofereceram seu apoio a Harris logo após o anúncio de Biden, incluindo o ex-presidente Bill Clinton e Hillary Clinton, que foi a candidata democrata em 2016, assim como a senadora Elizabeth Warren, um ícone progressista, e o grande doador democrata Reid Hoffman.
Os governadores Gavin Newsom e Gretchen Whitmer de Michigan — ambos vistos como possíveis candidatos à indicação, não pretendem desafiar Harris, de acordo com a CBS News. Whitmer já havia dito que não consideraria concorrer se Biden desistisse.
Harris, no entanto, permanece não testada no topo de uma chapa. Ela concorreu à presidência em 2020, mas encerrou sua campanha antes que um único voto fosse registrado.
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