Jamie Dimon, do JPMorgan, alerta que recessão nos EUA não está descartada

CEO do banco americano disse ainda que indicadores econômicos foram distorcidos pela pandemia e que o Fed precisa esperar para cortar os juros

Jamie Dimon fala por vídeo no Financial Review Business Summit
Por Harry Brumpton
12 de Março, 2024 | 11:22 AM

Bloomberg — O CEO do JPMorgan (JPM), Jamie Dimon, disse que ainda não descarta a possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos, mas avalia que o Federal Reserve deve esperar para começar a cortar os juros.

“O mundo está precificando uma chance de pouso suave entre 70% e 80%”, disse Dimon remotamente por vídeo no Australian Financial Review Business Summit, em Sydney, nesta terça-feira (12).

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“Eu acho que a chance de um pouso suave no próximo ano ou dois é metade disso. O pior cenário seria a estagflação.”

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Dimon disse que os indicadores econômicos foram distorcidos pela pandemia e que o Fed precisa esperar para ter mais clareza.

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“Eles sempre podem cortar de forma rápida. A credibilidade deles está um pouco em jogo aqui”, disse ele. “O desemprego nos EUA está muito baixo neste momento, os salários continuam a subir.”

Dimon disse, contudo, que, embora a economia dos EUA esteja atualmente em expansão, o risco de uma recessão permanece.

Em 2022, Dimon ganhou os holofotes ao dizer que um “furacão” podia atingir a economia americana.

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Sobre as eleições nos EUA, Dimon disse que é difícil prever um vencedor entre Joe Biden e Donald Trump.

“Você tem dois homens, ambos meio velhos, e nenhum dos dois pode ficar doente. É estressante”, disse ele. “Vai ser um circo.”

Dimon, disse que Trump é uma “figura política incrível”, mas é imprevisível. Ele acrescentou que espera que o ex-presidente seja “muito mais atencioso, racional e equilibrado quando falar sobre política externa e como deseja lidar com isso”.

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O banqueiro havia expressado apoio à republicana Nikki Hal.

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