Inflação na cozinha: fazer pizza na Itália é mais caro que comer fora de casa

Valor total gasto em ingredientes e na energia para cozinhar o prato típico de Nápoles aumentou 18,4% em maio em relação ao ano anterior

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Bloomberg — O custo de fazer uma tradicional pizza marguerita do zero mais que dobrou em relação à inflação geral da Itália no mês passado, impulsionado pelo aumento do preço do azeite e do queijo mussarela.

O valor total gasto em ingredientes e na energia para cozinhar o prato típico de Nápoles aumentou 18,4% em maio em relação ao ano anterior, segundo cálculos da Bloomberg com base em dados do Istat e do ministério da economia italiano

O indicador mensal continua a superar em muito a taxa de inflação geral, que ficou em 8% no mês passado. Ainda assim, o ritmo de aumento de preços tem diminuído desde abril e está abaixo de um pico de novembro de mais de 30%.

O custo de comprar uma pizza pronta na pizzaria, por sua vez, aumentou apenas 7,7% em relação ao ano anterior, aumentando a atratividade de comer fora de casa.

O Índice Pizza da Bloomberg – que analisa dados sobre farinha, tomate, mussarela, azeite e o consumo de eletricidade necessário para alimentar um forno – mostra que o maior aumento mensal foi para o tomate, que ficou 7,5% mais caro do que em abril. A energia foi o único item que caiu, com queda de 1,4%.

O custo do macarrão também voltou a subir em maio, segundo dados do Istat. O grupo de defesa do consumidor Assoutenti convocou um boicote nacional ao macarrão a partir de 22 de junho, depois que o governo de Roma decidiu não agir para combater os preços mais altos em uma reunião no mês passado.

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