Fundador do Fórum Econômico Mundial anuncia saída da presidência até 2025

Klaus Schwab, de 86 anos, deixará a liderança ativa da entidade que reúne anualmente executivos e políticos globais em Davos, na Suíça; ele fundou o simpósio em 1971

Klaus Schwab, do Fórum Econômico Mundial
Por Aless - ro Speciale - Bastian Benrath
21 de Maio, 2024 | 07:25 PM

Bloomberg — Klaus Schwab, fundador e presidente executivo do Fórum Econômico Mundial, vai deixar a liderança ativa da organização que reúne anualmente executivos e políticos globais em Davos, na Suíça.

Schwab, de 86 anos, anunciou sua decisão na terça-feira (21) e está fazendo a transição para uma função não executiva até janeiro de 2025, de acordo com uma declaração no site do Fórum Econômico Mundial.

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“A organização também passa por uma evolução planejada de governança, de uma organização administrada pelo fundador para uma em que o presidente e o conselho administrativo assumem total responsabilidade executiva”, disse a entidade.

O órgão não especificou quem assumiria essas funções. O Semafor informou a decisão anteriormente.

Como surgiu o Fórum Econômico Mundial

Schwab deu início ao que se tornou o Fórum Econômico Mundial em 1971 - inicialmente chamado de Fórum Europeu de Gestão - como um simpósio sobre gestão corporativa.

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Nas décadas seguintes, o evento cresceu e se tornou um encontro anual de cerca de 2.500 executivos de empresas, financistas, políticos e outras figuras públicas de mais de 100 países, abordando assuntos como desigualdade, migração, inovação digital e globalização.

Schwab escolheu a localização alpina de Davos em uma tentativa de fazer com que os convidados se sintam relaxados e falem livremente, de acordo com o site da organização sem fins lucrativos com sede em Genebra.

Com o slogan “comprometido com a melhoria do estado do mundo”, o fórum atrai a atenção e as críticas globais, bem como teorias da conspiração.

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Schwab nasceu na Alemanha, filho de pais de origem suíça. Embora a organização que ele fundou tenha sido frequentemente acusada de elitismo, Schwab sempre enfatizou a necessidade do tipo de cooperação global que ela oferece.

“Os grandes desafios - ambientais, pobreza - não podem ser resolvidos apenas pelos governos, ou apenas pelas empresas, ou pela sociedade civil”, disse Schwab ao Financial Times em defesa da conferência em 2020. “É preciso cooperação.”

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