Forças rebeldes de Wagner recuam de plano de chegar a Moscou, diz líder

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário que tomou cidade no sul da Rússia, diz contar com 25 mil soldados; governo anuncia regime ‘antiterrorista’ perto da capital

Moscou está no alvo das forças mercenárias de Wagner, segundo relatos de autoridades (Foto: Andrey Rudakov/Bloomberg)
Por Bloomberg News
24 de Junho, 2023 | 12:51 PM

Bloomberg — As forças de Yevgeny Prigozhin, líder do grupo mercenário conhecido como Wagner, se moveram durante parte do dia neste sábado (24) em direção a Moscou, de acordo com um governador local, enquanto o presidente russo, Vladimir Putin, acusa seu ex-aliado de uma “tentativa de motim armado”.

Mas Prigozhin disse por volta das 14h30 (horário de Brasília) que mudou seus planos a fim de evitar uma batalha sangrenta, depois de um acordo que contou com a intermediação do presidente de Belarus, Aleksander Lukashenko. As suas tropas vão retornar para o sul do país.

Prigozhin tornou-se um crítico feroz dos militares russos por suas falhas no terreno durante a guerra de Putin na Ucrânia. O presidente russo ameaçou Prigozhin com consequências “duras” por sua rebelião. É a maior crise para Putin desde que ele invadiu a Ucrânia no ano passado e, sem dúvida, o desafio mais significativo à sua liderança de décadas.

“Estamos todos prontos para morrer”, disse Prigozhin em uma mensagem de áudio no início do dia, alegando que a força de Wagner era de 25.000 soldados com outros 25.000 prontos para se juntar. Essas alegações não puderam ser confirmadas de forma independente.

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O governador de Lipetsk, a cerca de 350 quilômetros ao sul de Moscou, disse que a coluna Wagner estava se movendo por sua região - antes da mudança dos planos. As autoridades anunciaram um “regime antiterrorista” em Moscou e arredores, bem como na região de Voronezh, que fica ao longo da estrada principal, a meio caminho de Rostov-on-Don para a capital.

O secretário de Estado, Antony Blinken, conversou com colegas de nações aliadas, incluindo membros-chave da OTAN, sobre a situação na Rússia.

Blinken disse que o apoio dos EUA “à Ucrânia não mudará”, durante uma ligação com ministros das Relações Exteriores do Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido, bem como o enviado de relações exteriores da UE, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, em um comunicado. declaração. Os EUA “se manterão em estreita coordenação” com aliados e parceiros, disse.

- Matéria atualizada às 15h com a mudança de planos de Wagner de seguir a caminho de Moscou.

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