Bloomberg — A Shell assinou um acordo com a maior empresa estatal de energia da Argentina, a YPF, para trabalhar em um plano de exportação de gás natural liquefeito (GNL).
O presidente executivo da YPF, Horacio Marin, assinou o acordo na Holanda com o chefe de GNL da Shell, Cederic Cremers, disse a YPF em um comunicado nesta quinta-feira (19).
O acordo é um impulso para as ambições que envolvem a produção de GNL da Argentina - e para a tentativa do presidente Javier Milei de atrair investimentos estrangeiros - depois que o parceiro original da YPF no empreendimento, a Petronas, da Malásia, saiu do negócio.
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A Shell ajudará a desenvolver a primeira fase do projeto “Argentina LNG”, que prevê a construção de unidades flutuantes com capacidade para exportar 10 milhões de toneladas por ano do combustível.
O acordo não é uma decisão firme para prosseguir com um investimento em engenharia e projeto para os navios de liquefação. Essa decisão será tomada em uma data posterior.
De qualquer forma, a construção dos chamados FLNGs exigiria bilhões de dólares. Para atrair os investimentos, Milei - que está em uma cruzada para desregulamentar a economia argentina e abri-la para os negócios - incluiu os projetos de exportação de GNL em um amplo programa de incentivos.
O interesse da Shell surge no momento em que a YPF se esforça para convencer os perfuradores argentinos da famosa área de xisto de Vaca Muerta a se unirem em torno de um único plano de GNL.
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É por essa razão que, mesmo antes de a Argentina construir sua própria capacidade dedicada, a YPF já se inscreveu para fornecer um navio de GNL que será fornecido em 2027 pela Golar LNG, um acordo que foi intermediado pela perfuradora rival Pan American Energy Group.
Nesta semana, a YPF aumentou suas reservas de gás de xisto ao adquirir a participação da Exxon Mobil em um campo importante.
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