Economia dos EUA tem maior crescimento desde 2021, impulsionada por consumo

PIB dos Estados Unidos teve expansão de 4,9% no terceiro trimestre; em setembro, PCE teve alta de 4% no período, o maior avanço desde 2021

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Bloomberg — A economia dos Estados Unidos cresceu no ritmo mais rápido em quase dois anos no último trimestre, impulsionada por um aumento nos gastos dos consumidores.

O Produto Interno Bruto (PIB) acelerou para uma taxa anualizada de 4,9%, mais que o dobro do ritmo do segundo trimestre, de acordo com a estimativa preliminar do governo americano divulgada nesta quinta-feira (26).

O principal motor de crescimento da economia – o índice de gastos pessoais (PCE, na sigla em inglês) – saltou 4%, também o maior avanço desde 2021. Enquanto isso, o núcleo do PCE, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia, desacelerou a 2,4% no terceiro trimestre – o ritmo mais lento desde 2020.

A mediana das previsões em uma pesquisa da Bloomberg com economistas previa uma expansão de 4,5% do PIB e um avanço de 4% nos gastos dos consumidores no período.

A maior economia do mundo manteve-se firme frente aos preços elevados e ao rápido aumento dos custos dos empréstimos, superando repetidamente as expectativas dos analistas e atenuando os receios de uma recessão.

O principal motor dessa resiliência é a força duradoura do mercado de trabalho, que continua a alimentar a demanda das famílias.

Olhando para frente, a durabilidade do momentum econômico no quarto trimestre ajudará os membros do Federal Reserve a determinar se devem aumentar novamente as taxas de juros.

Muitos economistas esperam que o crescimento desacelere nos últimos meses do ano, à medida que os custos dos empréstimos limitam as compras de itens caros e os pagamentos de empréstimos estudantis são retomados.

Mas se a demanda se mantiver robusta, é possível que a inflação se mantenha acima da meta de 2% do banco central americano e poderá justificar uma política monetária mais restritiva.

Fomc à vista

Na reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) da próxima semana, espera-se uma manutenção da taxa de juros, com alguns apontando para o rápido salto nos custos de financiamento do governo como motivo de cautela.

O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiu acima de 5% no início desta semana pela primeira vez em 16 anos.

“Dadas as incertezas e os riscos, e o quão longe chegamos, o comitê está agindo com cautela”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell, na semana passada.

Os contratos futuros de ações em Wall Street, que já caíam antes da publicação, pressionados pelos resultados corporativos de big techs, amenizaram as perdas. Por volta das 10h20 (horário de Brasília), o S&P 500 futuro caía 0,27%, enquanto o Nasdaq futuro cedia 0,50%.

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