Demanda por dólar cresce com proximidade das eleições nos EUA, diz JPMorgan

Investidores apostam em uma recuperação da moeda diante do pleito americano; é provável que esse movimento continue nas próximas duas semanas, disseram os estrategistas do banco

Un tablero electrónico de acciones en el interior del edificio Kabuto One en Tokio, Japón, el lunes 30 de septiembre de 2024.
Por Anchalee Worrachate
21 de Outubro, 2024 | 12:13 PM

Bloomberg — A demanda pelo dólar cresceu na semana passada, com investidores de olho na recuperação da moeda diante da proximidade com a eleição nos Estados Unidos, segundo estrategistas do JPMorgan. A votação principal acontece em duas semanas, no dia 5 de novembro.

A compra da moeda americana e a venda dos dólares de Singapura e da Austrália mostram que os investidores têm buscado proteger sua exposição às moedas ligadas à China.

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Houve também uma forte demanda para comprar o dólar em relação ao peso mexicano e ao euro, acrescentaram estrategistas do banco americano.

A enxurrada de compras de dólar levou a moeda para uma posição neutra em relação aos vendidos, após o pior trimestre da moeda americana desde o final do ano passado. Esse movimento deixa espaço para os traders aumentarem suas posições compradas antes da eleição.

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“O trade eleitoral está aqui”, escreveram os estrategistas. “Apesar da compra de dólares até agora em outubro, a posição líquida geral da moeda ainda parece bastante neutra. Há espaço para mais hedging eleitoral nas próximas duas semanas.”

De acordo com os dados da Commodity Futures Trading Commission, os especuladores desfizeram quase completamente a posição vendida em dólar que acumularam em julho.

“As plataformas estão sendo limpas de posições antigas antes das eleições nos EUA”, escreveu o estrategista-chefe de câmbio do Societe Generale, Kit Juckes, em uma nota enviada aos clientes nesta segunda-feira (21).

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O JPMorgan também observou um aumento nas vendas do euro, com algumas opções de venda visando à depreciação do euro até a paridade com o dólar.

O risco de o euro cair para a paridade aumenta à medida que o candidato republicano, Donald Trump, ameaça expandir as tarifas dos EUA para além da China e para a Europa caso vença a votação.

“Vemos espaço para que as posições vendidas em EUR/USD continuem a se desenvolver”, escreveram os estrategistas do JPMorgan.

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