De petróleo a soja: China importa menos matérias-primas no primeiro semestre

Volume de commodities importadas pelo país foi menor no período para produtos como carne, petróleo, soja e minério de ferro

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Bloomberg — O apetite da China por matérias-primas diminuiu, em meio a uma desaceleração da economia.

Durante os primeiros seis meses de 2024, a China comprou menos petróleo, soja, óleos vegetais, carne e borracha, em comparação com o ano passado.

A queda é algo incomum para os mercados de muitos desses produtos, que estavam acostumados a níveis recordes de demanda impulsionada pela expansão da economia chinesa. As importações de alguns metais também começaram cair.

A atividade econômica da China tem mostrado sinais de enfraquecimento no segundo trimestre, em meio à crise do mercado imobiliário, o aperto fiscal dos governos locais e uma escalada do protecionismo em todo o mundo.

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Petróleo

As importações de petróleo em junho caíram tanto na comparação mensal quanto na anual para 46,45 milhões de toneladas, em linha com os sinais de que a demanda chinesa pode já ter atingido o pico por conta da rápida adesão aos veículos elétricos. No acumulado do ano, os volumes foram 2,3% menores do que no ano passado.

Metais

As importações de minério de ferro caíram abaixo de 100 milhões de toneladas pela primeira vez em quatro meses em junho, em meio a um aperto das margens das usinas siderúrgicas.

As exportações de aço, fundamentais para compensar o baixo consumo interno, afundaram para menos de 9 milhões de toneladas pela primeira vez desde fevereiro.

As compras de cobre bruto pela China caíram para uma mínima de quatro meses depois que preços internacionais recordes em maio inibiram uma demanda já fraca.

As importações de concentrado de cobre, no entanto, aumentaram com a expansão da capacidade de processamento das fundições chinesas.

As exportações de alumínio subiram para perto de uma máxima de dois anos, depois que a demanda externa pelo metal aumentou.

Soja

As compras de soja em junho ultrapassaram 11 milhões de toneladas, o maior volume em mais de um ano, depois que os grãos brasileiros ficaram mais baratos com a desvalorização do real.

Mas no semestre as importações foram 2,2% menores do que no mesmo período do ano passado. As importações de outros produtos agrícolas continuaram a mostrar fraqueza.

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