Bloomberg — Cuba passa por um apagão nesta sexta-feira (18) depois que a principal usina de geração de energia do país sofreu uma pane. A falha aconteceu em um momento em que o governo decidiu reduzir o consumo de suas principais indústrias em um esforço para tentar economizar combustível.
O Ministério de Energia e Minas (Minem) disse em uma publicação no X (o antigo Twitter) que a falha inesperada da usina elétrica Antonio Guiteras, a principal e mais eficiente do país, com capacidade de 330 megawatts, ocorreu por volta das 11 horas da manhã de sexta-feira (18), o que causou uma “desconexão total” da rede nacional.
Os trabalhadores no local estão tentando restaurar o serviço, acrescentou o ministério.
Horas antes da falta de energia elétrica, o governo anunciou que iria “paralisar” as principais indústrias e cancelar atividades oficiais a fim de priorizar a eletricidade para o setor residencial.
As interrupções de energia na ilha são comuns. No entanto a frequência e a duração dos apagões têm aumentado, à medida que os antigos geradores de energia de Cuba quebram e o governo, sem dinheiro, tenta importar combustível suficiente.
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O presidente cubano Miguel Diaz-Canel chamou o último apagão de “prioridade absoluta” e disse, no X, que “não haverá descanso até que ele seja restabelecido”.
A nação caribenha enfrenta sua pior crise econômica desde o colapso da União Soviética. A escassez de alimentos e combustível provocou raros protestos públicos e, desde 2021, o país perdeu 10% de sua população.
Os líderes de Cuba frequentemente culpam as sanções econômicas dos EUA por seus desafios econômicos.
Durante um discurso transmitido pela televisão nacional na noite de quinta-feira (17), o primeiro-ministro Manuel Marrero disse que uma combinação de infraestrutura falida, falta de combustível e aumento da demanda está levando a apagões recorrentes no território.
Antes do apagão de sexta-feira, houve relatos de fábricas e empresas estarem fechadas, assim como as aulas nas escolas, que foram canceladas. Apesar disso, o governo disse que o blecaute ocorreu em razão do clima, e não da crise energética.
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