CPI: núcleo da inflação dos EUA sobe 0,2% em maio e fica abaixo do esperado

Consenso da Bloomberg com economistas previa avanço de 0,3%, em linha com a variação em abril; na taxa anual, o CPI teve alta de 3,4%, também abaixo dos 3,5% estimados e dos 3,6% em abril

Inflación
12 de Junho, 2024 | 09:49 AM

Bloomberg Línea — O núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que desconsidera preços de itens mais voláteis como os de alimentos e energia, subiu 0,2% em maio na comparação mensal, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Departamento do Trabalho americano. O dado mostrou uma desaceleração da inflação na “margem”.

A mediana das projeções de economistas consultados pela Bloomberg apontava alta de 0,3% para o núcleo, em linha com o resultado em abril.

Na taxa anual, o núcleo subiu 3,4%, também abaixo da estimativa mediana de economistas consultados pela Bloomberg, que indicava desaceleração para 3,5%, versus 3,6% em abril. O número, no entanto, segue acima da meta de 2% perseguida pelo Fed.

Já o índice principal do CPI teve variação de 0,3% em maio, como havia sido registrado em abril; em 12 meses avançou 3,3%. O consenso da Bloomberg apontava altas de 0,1% e 3,4%, respectivamente.

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O núcleo é uma das principais medidas acompanhadas pelo Federal Reserve (Fed) em sua decisão de política monetária. Isso porque fornece indicações mais precisas sobre a variação dos preços no país.

Os números, juntamente com a desaceleração do núcleo do CPI em abril, podem representar os estágios iniciais da retomada da tendência de queda da inflação. Mas os formuladores de políticas enfatizaram que precisariam ver vários meses de pressões de preços recuando antes de considerarem a redução das taxas de juros, especialmente com o último relatório de empregos reacendendo o debate sobre quão restritiva a política realmente é.

O relatório chega poucas horas antes do Fed concluir sua reunião de política monetária de dois dias em Washington, onde os funcionários são amplamente esperados para manter as taxas em um patamar alto de duas décadas pela sétima vez consecutiva. Os funcionários ainda podem ajustar suas projeções econômicas trimestrais dependendo do que os dados do CPI mostrarem, algo que o presidente Jerome Powell disse que já aconteceu antes quando dados importantes são divulgados no meio da reunião.

Os futuros de ações e os tesouros subiram em toda a curva, empurrando os rendimentos de dois e dez anos para baixo cerca de 14 pontos base. Os traders praticamente precificaram totalmente dois cortes de taxa pelo Fed este ano, com o primeiro movimento ocorrendo em novembro.

-- Com informações de Bloomberg News

Tamires Vitorio

Jornalista formada pela FAPCOM, com experiência em mercados, economia, negócios e tecnologia. Foi repórter da EXAME e CNN e editora no Money Times.