CPI: inflação dos EUA sobe 0,1% em novembro e núcleo vem em linha com o esperado

Economistas consultados pela Bloomberg previam alta de 0,3% para o núcleo do CPI na comparação mensal e variação nula para o índice geral

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Bloomberg Línea — O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos teve alta de 0,1% em novembro, após ter ficado estável no mês anterior.

Já o núcleo do CPI (medida que desconsidera preços de itens mais voláteis como alimentos e energia) subiu 0,3% no mês, de acordo com os dados divulgados nesta terça-feira (12) pelo Departamento do Trabalho americano.

O núcleo é uma das principais medidas acompanhadas pelo Federal Reserve em sua decisão de política monetária. Isso porque fornece indicações mais precisas sobre a variação dos preços no país.

No acumulado em 12 meses, o núcleo subiu 4%, enquanto o indicador principal avançou 3,1%.

Estimativa mediana em pesquisa da Bloomberg indicava um segundo mês consecutivo de variação nula na base mensal e alta de 3,1% na anual. Já para o núcleo, as estimativas eram de aumento de 0,3% na comparação mensal e de 4% em 12 meses.

Após a divulgação, os índices futuros de ações dos EUA mantiveram os ganhos. Por volta das 10h40 (horário de Brasília), o S&P 500 Futuro avançava 0,20%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia, tinha alta de 0,35%.

À espera do Fomc

Os dados do CPI de novembro são acompanhados de perto por investidores, que buscam sinais sobre o rumo da trajetória de juros do Federal Reserve.

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) decide nesta quarta-feira (13) a taxa de juros dos EUA e a expectativa é de manutenção, pela terceira reunião consecutiva.

Mais do que a decisão em si, traders buscarão pistas sobre o prazo em que a taxa será mantida no nível atual, e quando os cortes poderão acontecer em 2024. O presidente do Fed, Jerome Powell, deverá falar após a reunião.

Ainda na semana, destaque para dados do PPI e de vendas no varejo dos EUA.

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