Bloomberg — Cerca de 75.000 funcionários federais se inscreveram em um programa de demissão voluntária proposto por Elon Musk, o bilionário czar da eficiência do presidente Donald Trump. O dado ficou abaixo dos números que a Casa Branca esperava e aumenta a probabilidade de demissões em massa.
Esse total, confirmado por uma fonte familiarizada com os dados, representa cerca de 3% da força de trabalho federal civil de 2,4 milhões. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, havia estabelecido anteriormente a meta de 5% a 10%.
Na quinta-feira (13), Leavitt disse que a Casa Branca estava satisfeita com a resposta.
“Não estou tão certa de que não atingimos os números que queríamos - 75.000 pessoas aceitaram o programa de aquisição”, disse ela. “Isso vai economizar milhões de dólares para os contribuintes americanos, e é exatamente isso que queríamos.”
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O plano de demissão diferida, conhecido por “buyout”, permite que os trabalhadores deixem o trabalho em fevereiro, mas permaneçam na folha de pagamento federal até o final de setembro. O programa foi encerrado na noite de quarta-feira (12), pouco depois de um juiz federal em Boston ter suspendido sua ordem de congelamento do programa.
O governo Trump advertiu repetidamente os trabalhadores de que a chamada oferta poderia ser sua melhor chance. Trump já disse às agências federais para se prepararem para cortes de empregos.
A força de trabalho federal cresceu 6,3% durante o governo do ex-presidente Joe Biden, impulsionada pelos programas de gastos com a pandemia. Um corte de 3% na força de trabalho federal só faria com que o número caísse para os níveis de 2023.
Redução em larga escala
Em uma ordem executiva assinada na terça-feira, enquanto o CEO da Tesla estava ao seu lado, Trump ordenou que os chefes das agências “realizassem prontamente os preparativos para iniciar reduções de força em larga escala”. Exceções serão feitas para a segurança pública, a fiscalização da imigração e a aplicação da lei.
Musk tem sido a força motriz por trás do esforço para reduzir o tamanho do governo por meio de seu chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).
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O programa de demissão ficou conhecido como “Fork in the Road”, ecoando uma oferta semelhante que Musk fez aos funcionários do Twitter logo depois de comprar a empresa de mídia social, que desde então passou a se chamar X.
De fato, até mesmo o encerramento do programa mostrou a influência de Musk. O Departamento de Pessoal do governo enviou um e-mail aos funcionários federais na noite de quarta-feira dizendo que qualquer pedido de demissão recebido após as 19h20, horário de Washington, não seria aceito.
Na Costa Oeste, esse horário era 16h20 - refletindo um número que Musk usa com frequência em uma alusão à cultura da maconha.
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