Bloomberg — A Cidade do México decidiu limitar os aluguéis de imóveis por meio de aplicativos e plataformas online como o Airbnb, em uma tentativa de conter o aumento dos preços dos imóveis e a gentrificação, ou seja, o encarecimento de bairros que acabam expulsando seus moradores originais.
Medidas semelhantes de limitar ou até proibir o aluguel de curta duração têm sido tomadas em cidades ao redor do mundo, de Nova York a Barcelona, diante da crise do aumento sucessivo de moradias.
Os legisladores da capital do México votaram por uma reforma que proibirá os proprietários de alugar suas propriedades por meio de tais aplicativos por mais de 50% dos dias em um ano.
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A reforma visa reduzir a concorrência “desleal” com hotéis, disse o parlamento da cidade em um comunicado à imprensa.
Limitar a oferta de acomodações turísticas promoverá o equilíbrio do mercado, apoiará a indústria hoteleira e evitará mudar o caráter dos bairros saturados por moradias destinadas exclusivamente a turistas, disse Cesar Guijosa, do partido Morena, que controla a cidade e o governo nacional.
A chegada em massa dos chamados “nômades digitais”, principalmente dos EUA, levou a reclamações crescentes dos moradores. Muitos optam por trabalhar na Cidade do México porque o custo de vida é relativamente barato em comparação com as cidades americanas.
As reformas também proíbem que moradias sociais construídas pelo governo sejam alugadas para turistas em plataformas digitais.
Os legisladores da oposição rejeitaram as reformas, argumentando que elas violam a liberdade individual e os direitos dos proprietários.
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