China será mais agressiva com ‘tax free’ para estimular consumo de estrangeiros

Gigante asiático disse que irá reduzir o gasto mínimo necessário de 500 para 200 yuans (cerca de US$ 27), além de aumentar o número de lojas elegíveis; objetivo é amenizar efeitos das tarifas

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Bloomberg News — A China disse que irá reduzir o valor mínimo de gastos necessários para que estrangeiros que visitam o país tenham direitos a desconto de impostos, em um esforço para estimular o consumo. O objetivo de Pequim é tentar compensar alguns dos danos da guerra comercial.

Os turistas que gastarem pelo menos 200 yuans (US$ 27) no mesmo dia na mesma loja terão direito ao desconto - que é conhecido em outras partes do mundo como tax free -, de acordo com uma declaração conjunta do Ministério das Finanças, do Banco Popular da China e de outros departamentos do governo.

A exigência atual é de 500 yuans, o que significa que ele vai cair 60%.

O governo também ampliará a lista de lojas elegíveis para o reembolso de impostos e simplificará os procedimentos para facilitar aos turistas o pedido de reembolso, de acordo com o comunicado.

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O valor máximo do desconto para pedidos em dinheiro será aumentado para 20.000 yuans, acrescentou.

A China tenta, cada vez mais, incentivar mais gastos ao tentar amenizar os danos de uma série de restrições comerciais com os EUA.

Em uma reunião do governo no ano passado, que foi acompanhada de perto, Pequim afirmou que o aumento do consumo e o estímulo à demanda interna eram sua principal prioridade.

Os gastos dos turistas estrangeiros representaram cerca de 0,5% do Produto Interno Bruto da China no ano passado, uma proporção menor do que a observada em muitas economias importantes, disse Sheng Qiuping, vice-ministro do Ministério do Comércio, durante uma reunião em Pequim no domingo (27).

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