Bloomberg — A China avalia relaxar os limites de participação estrangeira em empresas de capital aberto para tentar atrair fundos globais de volta ao seu mercado de ações, segundo fontes falaram à Bloomberg News.
O país atualmente limita a participação estrangeira total em 30%, e em 10% para um único acionista. A flexibilização das restrições se aplicaria a papéis negociados em Xangai, Shenzhen e Pequim, disseram as fontes, que pediam anonimato.
As deliberações sobre capital estrangeiro ainda estão em fase inicial, e os detalhes, como quais setores se beneficiariam e quais os novos limites, ainda não foram decididos, disseram as pessoas.
As discussões surgem em meio a um êxodo de fundos estrangeiros do segundo maior mercado de renda variável do mundo, com as ações chinesas entre as que registram pior desempenho mundial neste ano. É mais um sinal de que a China pretende cumprir a promessa da reunião do Politburo em julho de “revigorar os mercados capitais e aumentar a confiança dos investidores.”
Nesta sexta-feira (22), os investidores globais fizeram compras líquidas de cerca de US$ 1 bilhão em ações chinesas por meio de Hong Kong, o maior volume diário positivo desde 31 de julho.
O equivalente da Comissão de Valores Mobiliários da China e a Administração Estatal de Câmbio não responderam a pedidos de comentário.
Os investidores estrangeiros venderam um volume recorde de US$ 12 bilhões em ações chinesas no mês passado. As participações em ações e dívida chinesa caíram 17% entre o pico de dezembro de 2021 e o final de junho de 2023.
Os investidores globais se retiraram em meio a uma série de preocupações que vão desde fragilidade econômica e crise imobiliária à piora das relações com os Estados Unidos. Entre as medidas para acalmar os nervos dos investidores, as autoridades chinesas reduziram os impostos sobre transações com ações.
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