Brasil e China buscam sinergias em projetos de infraestrutura e crescimento

Embora o Brasil não tenha se unido formalmente à Iniciativa Cinturão e à Rota da China, Lula e Xi Jinping concordaram em combinar estratégias de desenvolvimento

Xi e Lula buscam sinergia entre seus programas de infraestrutura |
Por Rebecca Choong Wilkins - Daniel Carvalho
20 de Novembro, 2024 | 02:43 PM

Bloomberg — O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping concordaram em combinar esforços entre seus planos de infraestrutura durante conversas em Brasília.

“Estabeleceremos sinergias entre as estratégias de desenvolvimento do Brasil, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento, o Programa Rotas de Integração Sul-Americana, o Plano de Transformação Ecológica e a Iniciativa do Cinturão e Rota”, disse Lula após receber Xi para uma visita de Estado, logo após uma cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

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Embora o Brasil não tenha se unido formalmente à Iniciativa Cinturão e Rota da China (BRI), Xi usou as mesmas palavras para descrever a parceria: o objetivo, ele disse a jornalistas no Palácio da Alvorada, é “estabelecer sinergias” entre o pacto de investimento de Pequim e a estratégia de crescimento do Brasil.

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A parceria entre Brasil e Pequim ressalta uma mudança contínua em relação aos Estados Unidos, à medida que busca subir na cadeia de valor e se desenvolver economicamente. Lula está buscando transformar sua economia focada em commodities com investimentos chineses, esperando tirar vantagem da iniciativa de infraestrutura Cinturão e Rota, assinada por Xi, sem aderir formalmente.

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Laços mais estreitos entre as duas nações do BRICS geraram preocupações no governo Biden, que alertou o Brasil contra um envolvimento mais profundo com a China. A representante comercial dos Estados Unidos, Katherine Tai, recomendou ao Brasil no mês passado a considerar os riscos de aderir à iniciativa.

Com a promessa do presidente eleito Donald Trump de impor tarifas de até 60% sobre as importações chinesas, seu governo ameaça ser ainda mais agressivo ao confrontar aliados dispostos a enfrentá-lo junto a Pequim.

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