Bloomberg — Michelle Bowman, do Federal Reserve, afirmou que mantém sua avaliação de que as taxas de juros provavelmente precisarão subir ainda mais para que a inflação retorne à meta de 2% do banco central americano.
Segundo ela, a inflação nos Estados Unidos permanece “muito alta” e parece apropriado para o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) “aumentar as taxas ainda mais e mantê-las em um nível restritivo por algum tempo para retornar a inflação à nossa meta de 2% de maneira oportuna”, disse durante evento da Associação de Banqueiros de Connecticut no sábado (7).
Bowman repetiu seu alerta de que “os preços elevados de energia podem reverter parte do progresso que vimos na inflação nos últimos meses”.
O mercado de trabalho nos EUA mostrou um forte aumento de vagas em setembro, reforçando o argumento a favor de um novo aumento das taxas de juros do Fed.
Bowman citou as expectativas do BC americano de que a inflação permanecerá acima da meta pelo menos até o final de 2025, segundo a previsão média divulgada após a reunião de política monetária de setembro.
“Isso, juntamente com minha própria expectativa de que o avanço na inflação provavelmente será lento dada o atual nível de restrição da política monetária, sugere que mais aperto na política será necessário para reduzir a inflação de maneira sustentável e oportuna”, disse ela.
Bowman não comentou diretamente se apoiaria um aumento nas taxas na próxima reunião do Fed em 31 de outubro e 1º de novembro.
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