Beyoncé anuncia esperado apoio a Kamala Harris a poucos dias da eleição

A superestrela do pop quebrou o silêncio e ofereceu o apoio à candidata democrata em um momento em que o republicano Trump cresce ligeiramente nas pesquisas

Beyoncé Knowles-Carter fará campanha com a vice-presidente Kamala Harris na sexta-feira (25) em Houston, sua cidade natal. (Foto: Jennifer Epstein e Akayla Gardner/Bloomberg)
Por Jennifer Epstein - Akayla Gardner
24 de Outubro, 2024 | 07:07 PM

Bloomberg — A superestrela do pop, Beyoncé Knowles-Carter, fará campanha com a vice-presidente Kamala Harris nesta sexta-feira (25), a dez dias das eleições.

Beyoncé, que se tornou símbolo de empoderamento do movimento feminista negro, se juntou à lista de celebridades que demonstraram apoio à candidata democrata - a expectativa pairava entre eleitores de Harris havia meses.

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Além dela, as artistas Charli XCX, Taylor Swift, Olivia Rodrigo, Billie Eilish e a estrela da mídia Oprah Winfrey, entre outros, também declararam apoio a Harris.

Trump, por sua vez, recebeu o apoio de celebridades como Elon Musk e o rapper 50 cent, entre outros.

A cantora está programada para aparecer com Harris em uma parada de campanha em Houston, onde nasceu, enquanto a candidata democrata se prepara para falar no estado sobre direitos reprodutivos, segundo com uma pessoa familiarizada com essa agenda.

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O Washington Post foi o primeiro a noticiar a participação planejada de Beyoncé.

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Beyoncé é uma artista de vários gêneros que ostenta o maior número de prêmios do Grammy da história e uma enorme base de fãs, mas tem evitado, em grande parte, falar sobre assuntos políticos durante a eleição americana de 2024.

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A expectativa de Harris é que o apoio de Beyoncé resulte em um grande impulso popular para uma campanha que precisa atrair um grande número de eleitores negros e jovens na disputa contra o republicano Donald Trump.

Uma das músicas de Beyoncé, com a participação do rapper Kendrick Lamar, tem sido tocada com frequência em eventos de campanha democrata e foi usada no vídeo oficial de lançamento da candidatura presidencial de Harris.

A campanha de Harris tem se apoiado em celebridades para ajudar a angariar diferentes grupos de eleitores.

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A campanha também decidiu promover um show de divulgação do voto, anunciado como um “verdadeiro show-stopper”, a ser realizado apenas alguns dias antes do dia da eleição, com um convidado musical não revelado.

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Esta não é a primeira vez que Beyoncé demonstra seu apoio aos democratas: em 2020, ela endossou a chapa do presidente Joe Biden e de Harris com uma postagem no Instagram.

Na publicação, Beyoncé apareceu com uma máscara escrito ‘Biden-Harris’ durante a pandemia de covid-19 e exibiu um adesivo escrito “Eu votei” em seu chapéu.

Além disso, Beyoncé deu a Harris ingressos no valor de US$ 1.656 para um de seus shows em 2023, de acordo com informações financeiras divulgadas pela Casa Branca em maio.

Embora o impacto do endosso de uma celebridade seja difícil de quantificar, um estudo de 2008 realizado por dois economistas estimou que o apoio de Oprah Winfrey ao ex-presidente Barack Obama levou 1 milhão de eleitores a apoiá-lo na eleição presidencial daquele ano.

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“Se alguma celebridade pode fazer a diferença em 2024, será alguém como Beyoncé”, disse David Haven Blake, professor da Faculdade de Nova Jersey, autor de um livro sobre política de celebridades.

A entrada de Harris na disputa gerou uma onda de entusiasmo entre os principais blocos democratas, mas seu ímpeto diminuiu à medida que a eleição, programada para 5 de novembro, se aproxima.

As pesquisas de intenção de votos recentes mostram Harris e Trump essencialmente empatados nos estados que provavelmente decidirão a eleição. Algumas apontam leve probabilidade maior do republicano.

Por outro lado, a aparição de Beyoncé, segundo analistas, poderia trazer à tona algumas fissuras do Partido Democrata em relação aos ataques de Israel contra o Hamas em Gaza.

A ofensiva militar de Israel, que já dura mais de um ano, tem provocado a ira de progressistas, de eleitores mais jovens e de árabes e muçulmanos americanos em relação ao apoio do governo Biden a Israel.

Beyoncé enfrentou críticas no ano passado quando o filme de seu show, que destacou o álbum de mesmo nome e a turnê subsequente, foi exibido em Israel, enquanto o país realizava sua campanha militar para erradicar o Hamas, considerado um grupo terrorista pelos EUA e pela União Europeia, em Gaza.

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