Bloomberg — O Banco central chinês intensificou os esforços para apoiar a recuperação econômica do país com sua maior injeção de liquidez desde 2020, por meio de empréstimos de um ano.
O Banco Popular da China adicionou 289 bilhões de yuans líquidos (US$ 39,6 bilhões) ao sistema financeiro por meio do chamado mecanismo de empréstimo de médio prazo. Foi a maior injeção mensal desde dezembro de 2020. Ao mesmo tempo, drenou 134 bilhões de yuans líquidos com operações de mercado aberto.
O aporte proporcionará aos credores recursos suficientes para tomarem mais dívida do governo central e governos regionais.
“A injeção adicional visa manter condições estáveis de liquidez interbancária”, disse Becky Liu, chefe de estratégia macro para China no Standard Chartered. “Também reflete uma maior procura por liquidez por parte dos bancos comerciais.”
A autoridade monetária manteve sua taxa de juros de referência de um ano inalterada em 2,5%, em linha com as expectativas. O rendimento dos títulos soberanos de dois a 10 anos aumentaram até 0,04 ponto percentual nesta segunda-feira (16).
Pequim avalia uma nova rodada de estímulos para tentar cumprir a meta oficial de crescimento de 5%. O Ministério das Finanças vendeu 1,2 trilhão de yuans em títulos do governo central em setembro, 60% acima da média do mesmo período nos últimos três anos, drenando dinheiro do sistema.
Haverá mais emissão de dívida, incluindo um programa de 1 trilhão de yuans para ajudar os governos regionais com refinanciamentos — um risco que Pequim está empenhada em reduzir. As autoridades também avaliam vendas adicionais de dívida de pelo menos 1 trilhão de yuans para gastos em infraestrutura, segundo informou a Bloomberg News anteriormente.
“A injeção é útil para estabilizar a oferta de liquidez do mercado”, disse Ming Ming, economista-chefe do Citic Securities.
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