Bloomberg — O ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, concorrerá à presidência como o único candidato da coalizão governista.
O grupo, recentemente renomeado como Unión por la Patria, apresentará um único candidato nas eleições presidenciais a serem realizadas em outubro. Massa é político de carreira e terminou a corrida presidencial de 2015 em terceiro lugar. Ele terá o ex-ministro da Defesa Agustín Rossi como seu companheiro de chapa.
A decisão aconteceu apenas um dia depois que o Ministro do Interior, Eduardo de Pedro -- aliado da vice-presidente Cristina Kirchner -- anunciou que seria candidato pela coalizão peronista. No Twitter, a coalizão agradeceu Pedro e Daniel Scioli, que também buscavam a nomeação, por terem apostado na unidade do peronismo, “colocando o coletivo sobre o individual”, sugerindo assim que eles renunciaram às suas candidaturas.
A coalizão poderia apresentar mais de um nome, que disputariam uma única indicação nas prévias de agosto. No entanto a Unión por la Patria apostará no ministro.
Os candidatos da oposição incluem Patricia Bullrich e Horacio Rodríguez Larreta, que concorrem nas prévias pelo bloco Juntos pela Mudança, e o libertário Javier Milei. O presidente Alberto Fernández não está concorrendo à reeleição.
As pesquisas mostram que os índices de aprovação do governo estão no patamar mais baixo em uma década, o que testará a capacidade de Massa de separar sua narrativa de campanha do governo do qual fez parte nos últimos três anos e meio. Por outro lado, ele se beneficiará da máquina peronista, uma força política dominante que governou o país durante grande parte das últimas sete décadas.
Apesar de sua abordagem política não convencional, Massa é o líder mais pró-empresariado dentro do peronismo. Ele mantém um relacionamento próximo com membros do governo americano do presidente Joe Biden e lidera as negociações do programa da Argentina com o FMI.
Massa foi chefe de gabinete de Cristina Kirchner durante parte de seu mandato, antes de deixar o governo para formar um novo partido e concorrer à presidência em 2015 contra o candidato da presidente, Daniel Scioli.
Massa assumiu o cargo de ministro da Economia em agosto passado em meio a uma crise política, deixando seu cargo anterior de presidente da Câmara dos Deputados do Congresso.
Calendário eleitoral da Argentina em 2023
- Encerramento das listas de pré-candidatos: 24 de junho
- Início das campanhas eleitorais: 24 de junho
- Primárias: 13 de agosto
- Debates presidenciais: entre 8 e 15 de outubro
- Eleições gerais: 22 de outubro (domingo) para eleger presidente, vice-presidente, deputados e senadores
- Segundo turno (se necessário): 19 de novembro
- Com informações da Bloomberg Línea
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