Bloomberg — Os produtores de petróleo da Argentina serão proibidos de exportar, a menos que aumentem o abastecimento de combustível para resolver os problemas de escassez no país, afirmou o ministro da Economia e candidato presidencial Sergio Massa neste domingo (29).
“Se o abastecimento de combustível não for resolvido até a meia-noite de terça-feira (31), as empresas não poderão enviar navios de exportação a partir de quarta-feira (1 de novembro)”, disse Massa a repórteres na província de Tucumán. “O petróleo dos argentinos pertence primeiro aos argentinos.”
Massa acrescentou que algumas empresas estavam retendo os estoques de combustível na expectativa de que o governo desvalorizasse a taxa de câmbio oficial após as eleições presidenciais da semana passada. O atual ministro foi o mais votado, à frente do candidato considerado ousider Javier Milei, com quem disputa o segundo turno, marcado para o dia 19 de novembro.
Esses comentários surgem em meio a uma escassez de combustível que tem provocado longas filas nos postos de gasolina e o fechamento de alguns deles, uma vez que a falta de dólares do governo deixou navios no mar esperando para importar combustível.
Os produtores de petróleo e gás da Argentina disseram em um comunicado conjunto no sábado (28) que a escassez de combustível será “normalizada” nos próximos dias. A Argentina anunciou na semana passada que importaria dez carregamentos de petróleo de navios-tanque nos próximos dias para lidar com a escassez após um aumento na demanda, além de ampliar a capacidade de refino.
A Argentina produz a maioria do combustível que consome internamente, mas ainda é um importador líquido de gás natural.
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