Argentina espera que FMI aprove desembolso de US$ 7,5 bi após desvalorização do peso

País também prevê receber outro pagamento de US$ 2,75 bilhões do FMI em novembro, sujeito a uma revisão de nível técnico

Taxa anual de aumento dos preços ao consumidor atingiu 113% em julho na Argentina
Por Eric Martin
23 de Agosto, 2023 | 09:22 AM

Bloomberg — O Ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, espera que o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprove um desembolso de US$ 7,5 bilhões nesta quarta-feira (23), uma vez que o programa do país enfrenta crescente incerteza após as eleições primárias da semana passada.

A Argentina também prevê receber outro pagamento de US$ 2,75 bilhões do FMI em novembro, sujeito a uma revisão de nível técnico, disse Massa a repórteres em Washington após reuniões com autoridades do Banco Mundial e do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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Massa acrescentou que a Argentina receberá mais US$ 1,3 bilhão dos bancos até o final do ano.

O conselho do FMI está programado para votar sobre o empréstimo à Argentina após um acordo de nível técnico ter sido alcançado no mês passado.

Os comentários de Massa vieram depois que um funcionário sênior do governo disse na semana passada que o país pretendia pedir ao FMI um aumento no desembolso. Na terça-feira (22), ele evitou responder a uma pergunta sobre se o país estava pedindo mais dinheiro.

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Massa, que é candidato à presidência do país, se recusou a fornecer uma previsão específica para a inflação em agosto e setembro, depois que a taxa anual de aumento dos preços ao consumidor atingiu 113% em julho.

Massa culpou a desvalorização de 18% da moeda argentina na semana passada, afirmando que foi uma condição para receber o desembolso do FMI de agosto.

A desvalorização “vai afetar o bolso das pessoas”, disse Massa aos repórteres, admitindo que a queda do peso irá alimentar mais inflação. “Vamos tentar corrigir isso com medidas que estaremos anunciando dentro de muito poucos dias.”

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Massa não espera que as eleições gerais de outubro afetem o desembolso do FMI em novembro. Javier Milei, candidato que deseja dolarizar a economia e fechar o banco central, liderou as eleições primárias deste mês.

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