Argentina eleva juro para 133% às vésperas de eleição para combater inflação

BC do país vizinho surpreende mercado com o sexto aumento da taxa neste ano, em mais um esforço para conter a hiperinflação, que atinge 138% na comparação anual

An attendees holds a flag during a Union por la Patria campaign rally with Argentine presidential candidate Sergio Massa in Buenos Aires, Argentina 

Un asistente sostiene una bandera durante un acto de campaña de Unión por la Patria con el candidato presidencial argentino Sergio Massa en Buenos Aires, Argentina.
Por Ignacio Olivera Doll - Carolina Gonzalez
12 de Outubro, 2023 | 07:59 PM

Bloomberg — O banco central da Argentina aumentou abruptamente sua taxa de juros de referência nesta quinta-feira (12) pela sexta vez no ano, em novo esforço para conter a inflação acima de 100% ao ano e a pouco mais de uma semana das eleições presidenciais no próximo dia 22.

A autoridade monetária aumentou sua taxa de juros de referência em 15 pontos percentuais, para 133%, de acordo com um comunicado.

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A medida foi tomada depois que os dados de inflação de setembro publicados nesta quinta-feira (12) mostraram que os preços aumentaram em 138,3% em relação ao mesmo mês do ano passado, o maior avanço desde o início dos anos 1990, quando a Argentina estava saindo da hiperinflação. Isso também acontece depois que as autoridades aumentaram a taxa em 21 pontos percentuais em agosto.

Apesar de ter uma das mais altas taxas de juros do mundo, a inflação continua descontrolada em um país que em grande parte carece de crédito, enquanto a ansiedade antes das eleições abala os mercados e a sociedade.

O candidato Javier Milei, favorito para chegar à presidência, incentivou os argentinos no início desta semana a parar de poupar em pesos enquanto promete dolarizar a economia, substituindo o peso pela moeda americana. Seus comentários geraram críticas de investidores, bancos e políticos, que o acusaram de exacerbar a onda de vendas.

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O peso argentino sofreu grandes perdas nas últimas semanas. A taxa de câmbio do mercado negro enfraqueceu cerca de 20% desde o início de outubro, atingindo na terça-feira um mínimo histórico de 1.040 pesos por dólar. O Ministro da Economia e candidato presidencial do partido no poder, Sergio Massa, congelou a taxa de câmbio oficial em 350 até as eleições.

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