Nubank e B3 reúnem ações e BDRs mais negociados em novo ETF ao mercado

Estratégia do braço de investimento do banco digital continua a passar pelo aumento da oferta de produtos na categoria de fundos negociados em bolsa

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Bloomberg Línea — A B3 (B3SA3) começou a disponibilizar mais um ETF (fundo de índice) nesta terça-feira (24). O NBOV11 é resultado de uma parceria entre a bolsa brasileira e o Nubank (NU) para desenvolver esse mercado no Brasil.

O produto é o primeiro ETF indexado ao Ibovespa B3 BR+, índice lançado em agosto que combina ações de empresas do índice que é benchmark da bolsa brasileira com BDRs (recibos de ações de companhias do país listadas no exterior) negociados no Brasil.

O novo ETF, o quinto lançado como parte da parceria da B3 com o Nubank, acompanha as cotações de 91 papéis de 88 empresas, ou seja, cinco companhias a mais do que a atual carteira do Ibovespa (86 papéis de 83 empresas): além do BDR do Nubank (ROXO34), compõem o ETF os recibos da XP (XPBR31), da Stone (STOC31), do Inter (INBR32) e do PagBank (PAGS34).

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O maior peso na composição do ETF é o da ação da Vale (VALE3) com 10,2%, seguida pelo BRD do Nubank com 8,4%. A ação do Itaú Unibanco (ITUB4) aparece com a terceira maior representatividade (6,9%), à frente das duas ações da Petrobras - PETR4 com 6,6% e PETR3 com 5,9%.

Banco do Brasil (BBAS3), com 3,1%, Bradesco (BBDC4), com 3%, Eletrobrás (ELET3), com 2,9%, B3, com 2,6%, e WEG (WEGE3), com 2,4%, completam a lista dos 10 principais ativos do novo índice. Entre os BDRs, o da XP tem o 14º maior peso (1,8%).

Andrés Kikuchi, diretor-executivo da Nu Asset Management, disse que o NBOV11 é o primeiro ETF do mercado que reúne as empresas brasileiras mais negociadas, seja via ações ou BDRs, com a tese de permitir ao investidor uma exposição ao índice mais amplo conhecido do mercado de capitais no país e uma alocação com exposição global, o que contribui para a redução de risco.

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“O lançamento do NBOV11 reforça o objetivo de ampliar alternativas de renda variável para o investidor”, disse Kikuchi.

O novo ETF de renda variável cobra uma taxa de administração de 0,10% ao ano, com valor mínimo de aplicação de R$ 100 e prazo de resgate de D+2 dias úteis. Nos dois ETFs lançados em julho, o HIGH11 (High Beta) e o LVOL11 (Low Volatility), a taxa de administração era de 0,50%.

O executivo da gestora do Nubank disse que o conjunto de cinco ETFs lançados em quase um ano da parceria com a B3 visa ampliar o conhecimento sobre a base dos fundos de índices, um passo necessário para o produto ganhar participação no mercado de investimentos.

O executivo destacou o fato de que o volume total em ETFs no mundo chegou a US$ 12,6 trilhões, com mais de 12.000 ETFs listados em mais de 70 bolsas no mundo, um crescimento médio de 20% ao ano.

“O mercado de ETFs brasileiro representa 0,49% do volume total de fundos. O mercado carece de awareness, de divulgação”, afirmou o diretor-executivo da Nu Asset.

A Nu Asset tem atualmente cerca de R$ 4 bilhões em ativos sob gestão, com 1,5 milhão de cotistas e uma equipe de 32 profissionais.

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