Com B3, Nubank entra em ETFs e terá fundo com distribuição de dividendos

Fundos de índice que começam a ser negociados nesta sexta (29) visam ampliar oferta de produtos da Nu Asset e diversificar a base de clientes do banco

Sede do Nubank em São Paulo
28 de Setembro, 2023 | 03:59 PM

Bloomberg Línea — O Nubank (NU) informou nesta quinta-feira (28) sua entrada no mercado de fundos de índice (os ETFs, na sigla em inglês), em uma aposta para ampliar a oferta de produtos e diversificar a base de clientes.

A estreia se dá com dois ETFs focados na distribuição de proventos e que seguirão um novo índice derivado do Ibovespa (IBOV), também lançado nesta quinta em parceria com a bolsa brasileira B3 (B3SA3): o Ibovespa Smart Dividendos.

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De acordo com Andres Kikuchi, diretor executivo da Nu Asset Management, o objetivo é alcançar tanto o cliente do Nubank, que poderá investir via plataforma da empresa, quanto demais investidores via B3.

“O produto permite um acesso maior não apenas de investidores pessoas físicas como também do mercado institucional. Os ETFs têm um escopo mais amplo; é algo positivo para o business de asset management e traz soluções muito mais amplas”, disse ele.

Kikuchi contou que a Nu Asset planeja trazer novos ETFs nos próximos meses, inicialmente os de renda variável. Ele não descartou o desenvolvimento de fundos de índice de renda fixa e híbridos.

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“A partir desses dois iniciamos o processo de construção de novos ETFs que passam a ser um pilar importante na busca de novas soluções e fundos da Nu Asset”, disse.

“Vemos um crescimento estrondoso do mercado de ETFs no mundo e que também deve acontecer no Brasil nos próximos anos. Queremos estar posicionados para garantir nosso espaço quando isso acontecer.”

Índice e ETFs

O benchmark terá uma carteira composta inicialmente por 21 empresas e, assim como os demais índices da B3, terá um rebalanceamento a cada quatro meses (em janeiro, maio e setembro).

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O índice considera as empresas do Ibovespa que pagam os maiores valores de dividendos em relação ao preço da ação (dividend yield). Esse critério também será utilizado para ponderar o peso da ação na carteira, além da recorrência e menor oscilação nos proventos pagos.

Em outras palavras, terão maior peso na carteira as empresas que pagam maiores valores proporcionais, com frequência e valor constantes ao longo dos anos.

Os dois ETFs – o Ibov Smart Dividendos (NSDV11) e o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) – vão acompanhar o novo benchmark. A diferença entre eles se dá na forma como serão usados os proventos.

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Enquanto no primeiro os dividendos são reinvestidos no próprio ETF, como acontece com os demais fundos de índice negociados na B3, o segundo terá pagamento mensal de dividendos aos cotistas.

A distribuição de proventos por ETFs havia sido permitida pela B3 no início do ano, mas ainda não havia produtos no mercado com essa estratégia.

Tributação

No Brasil, os ETFs de renda variável estão sujeitos a uma alíquota de 15% de Imposto de Renda (IR) sobre os lucros obtidos com as vendas.

No caso do ETF que distribui dividendos, há tributação incidente do referido imposto de 15% sobre o valor de proventos pagos aos cotistas, que será recolhido diretamente pelo administrador do fundo.

Os dois novos fundos listados em bolsa do Nubank possuem liquidez de dois dias úteis.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.