Bloomberg — O Nasdaq 100 se aproxima de um nível em relação ao S&P 500 que poderia desencadear a reversão da negociação que favorece as ações dos EUA, de acordo com estrategistas do Bank of America.
O preço relativo do índice de tecnologia em relação ao S&P 500 se sustenta acima de uma alta atingida em 2000 - ano do estouro da bolha da internet -, “mantendo os investidores confortavelmente comprados em ações de tecnologia dos EUA e no dólar americano”, disse uma equipe do BofA liderada por Michael Hartnett.
Um rompimento abaixo desse nível seria um forte catalisador para a rotação das negociações sobre o “excepcionalismo dos EUA”, escreveram eles em uma nota a clientes.
Na semana passada, Hartnett disse que os investidores deveriam começar a colocar mais dinheiro em ações fora dos EUA no próximo ano, recomendando ações da China e da Europa. O S&P 500 subiu cerca de 25% em 2024, após ganhos de tamanho semelhante no ano anterior.
Se a história servir de guia, o S&P 500 está no caminho certo para outro aumento ou para uma queda de dois dígitos em 2025, de acordo com os estrategistas. O “molho secreto” para uma nova alta seria uma queda nos rendimentos dos títulos do Tesouro, disseram eles.
Mas a equipe de estrategistas espera que os títulos precifiquem um ressurgimento da inflação e menos cortes nas taxas de juros no início do próximo ano, mantendo os rendimentos elevados e, portanto, limitando os ativos de risco.
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O “relógio de investimento” do BofA também implica ganhos para os preços de commodities, aumento dos lucros e taxas mais altas em 2025.
O S&P 500 continua a ser negociado perto de suas máximas históricas, impulsionado por uma forte economia dos EUA, pelo início dos cortes nas taxas de juros do Federal Reserve e pelo boom em torno dos desenvolvimentos da inteligência artificial.
Os fundos de ações dos EUA devem encerrar o ano com fluxos de entrada recordes no acumulado em 12 meses - anualizados em US$ 448 bilhões -, de acordo com a nota do BofA.
Em contrapartida, os “mal-amados” fundos de ações europeus estão preparados para saídas líquidas (aports menos resgates) de US$ 58 bilhões em 2024.
- Com a colaboração de Michael Msika.
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