Bloomberg — A Finlândia foi coroada como o país mais feliz do mundo pelo sétimo ano consecutivo no ranking global de satisfação com a vida, mas uma queda nos padrões de vida entre os jovens americanos fez com que a maior economia do mundo ficasse fora do top 20 pela primeira vez. O Brasil, habitualmente considerado pelos seus habitantes como um dos países mais felizes do mundo, ficou apenas na 44ª colocação.
Dinamarca e Islândia permaneceram em segundo e terceiro lugar, respectivamente, no Relatório Mundial de Felicidade - World Happiness Report - divulgado nesta quarta-feira (20) pela Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas. Suécia em quarto e Noruega em sétimo corroboraram para a percepção de qualidade de vida associada à felicidade em países nórdicos.
Na América Latina e Caribe, a Costa Rica foi a nação mais bem colocada, em 12º lugar. O México ficou em 25º, e o Chile, em 38º, imediatamente à frente do Panamá. A Argentina ficou na 48ª colocação.
Os Estados Unidos caíram do 15º para o 23º lugar, “impulsionados [para baixo] por uma grande queda no bem-estar dos americanos com menos de 30 anos”, apontou o relatório.
Metodologia
“As classificações em si são baseadas apenas nas respostas que as pessoas fornecem quando perguntadas sobre como avaliam suas próprias vidas”, de acordo com o estudo. Há três critérios principais: a autoavaliação de sua vida em uma escala de 0 a 10 e o relato de emoções positivas e emoções negativas.
Os resultados são baseados em médias móveis de três anos, o que tende a reduzir o impacto das mudanças ao longo de um único ano. Nem todos os países são pesquisados todos os anos.
Em geral, são entrevistadas cerca de mil pessoas em cada país a cada ano, pela The Gallup World Poll, um dos maiores e mais tradicionais institutos de pesquisa do mundo.
A lista também considera, de forma secundária, fatores como Produto Interno Bruto (PIB), expectativa de vida, ter alguém em quem confiar, sensação de liberdade, generosidade e percepções de corrupção.
Entre grupos etários específicos, a Lituânia liderou o ranking para crianças e pessoas com menos de 30 anos - o Brasil ficou em 60º lugar, enquanto a Dinamarca é a nação mais feliz do mundo para aqueles com 60 anos ou mais, faixa em que o Brasil obteve a sua melhor posição relativa, na 37ª colocação.
“Ao comparar as gerações, aqueles nascidos antes de 1965 são, em média, mais felizes do que aqueles nascidos desde 1980″, disse o relatório. “Entre os millennials, a avaliação da própria vida diminui a cada ano, enquanto entre os baby boomers a satisfação com a vida aumenta com a idade.”
Os millennials são as pessoas nascidas entre 1981 e 1996, enquanto aqueles nascidos após a Segunda Guerra Mundial até 1964 são apelidados de baby boomers.
Em geral, os maiores aumentos nas pontuações médias de avaliação da vida ao longo da última década ocorreram na Sérvia, que subiu 69 posições para o 37º lugar, e na Bulgária, que subiu 63 postos para o 81º.
Letônia e República do Congo avançaram mais de quarenta posições desde 2013. Líbano e Afeganistão ficaram por último, como no ano anterior.
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