Prada ‘ignora’ desaceleração do mercado de luxo com apelo da Miu Miu entre jovens

A receita do grupo italiano aumentou 17% em 2024, e suas ações subiram 14% até agora neste ano em Hong Kong, o dobro do ganho em Paris da LVMH, maior grupo de luxo do mundo

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Bloomberg — A Prada desafiou a desaceleração do setor de luxo no ano passado, enquanto jovens consumidores mais ricos se voltaram para os produtos de sua marca Miu Miu.

A receita do grupo italiano aumentou 17% em moedas constantes em 2024, informou a empresa listada em Hong Kong na terça-feira (4). Os analistas esperavam um aumento de 16,6%. O crescimento permaneceu forte no quarto trimestre, com as vendas no varejo subindo 84% na Miu Miu, disse a empresa.

A Prada tem superado rivais de luxo como a Kering e a LVMH, proprietárias da Gucci, impulsionada pelo fascínio das bolsas Arcadie e dos cardigãs de cashmere da Miu Miu entre os consumidores da Geração Z.

O grupo também está se aproximando de uma possível aquisição da Versace da Capri Holdings, informou a Bloomberg News, um movimento que devolveria a marca fundada pelo falecido Gianni Versace à propriedade italiana.

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A Prada, controlada pela família, e a Capri concordaram com um preço de até € 1,5 bilhão (US$ 1,6 bilhão), segundo informou a Bloomberg News no domingo (2), citando pessoas familiarizadas com o assunto.

O acordo criaria uma empresa italiana maior para competir de forma mais eficaz com os grupos de luxo globais rivais. A Prada também pode fazer uma oferta pela Jimmy Choo, de Capri, informou o jornal italiano Corriere della Sera.

As ações da Prada subiram 14% até agora este ano em Hong Kong, o dobro do ganho da LVMH Moet Hennessy Louis Vuitton, o maior grupo de luxo do mundo.

Miuccia Prada, neta do fundador do grupo, é diretora de criação da Miu Miu e divide essas funções na Prada com Raf Simons. A Prada nomeou Silvia Onofri para dirigir a marca Miu Miu no mês passado, depois que Benedetta Petruzzo saiu para se tornar diretora administrativa da Christian Dior Couture.

A Prada teve um bom desempenho na Ásia-Pacífico, a região que inclui a China, onde as vendas no varejo subiram 13% no ano passado.

A região é responsável por um terço da receita total do grupo. As vendas no Japão aumentaram em 46%, impulsionadas em parte pelas compras dos turistas. Todas as regiões, exceto as Américas, registraram aumento de dois dígitos.

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