Bloomberg — Existem muitas previsões sobre o futuro da Inteligência Artificial (IA) que se dirigem para o território do Black Mirror, mas talvez a mais perturbadora seja como a tecnologia pode mudar a natureza dos relacionamentos. Vamos nos apaixonar por nossos computadores? As crianças preferirão seus tutores de IA aos humanos?
Aconteça o que acontecer, as pessoas provavelmente ainda procurarão a companhia de outras pessoas. E a tecnologia pode ajudar. Por um lado, a IA poderia tornar os solteiros melhores no namoro, de acordo com Whitney Wolfe Herd, fundadora e CEO de um dos aplicativos de namoro mais populares do mundo, o Bumble.
“O adulto solteiro médio dos Estados Unidos não namora porque não sabe flertar ou tem medo de não saber”, disse Wolfe Herd no episódio desta semana de The Circuit With Emily Chang, da Bloomberg. “E se você pudesse aproveitar o chatbot para inspirar confiança, para ajudar alguém a se sentir realmente seguro antes de falar com um monte de pessoas que não conhece?”
A humanidade poderia usar alguma ajuda.
O cirurgião-geral dos governo dos EUA declarou a solidão uma epidemia, com mais de metade dos adultos relatando sentimentos de solidão.
A maioria das pessoas com menos de 30 anos já tentou namoro online, mas uma pesquisa do Match Group, rival do Bumble cujo app mais conhecido é o Tinder, descobriu que as pessoas estão esgotadas com o uso de aplicativos de namoro.
Wolfe Herd está pensando muito sobre como a tecnologia pode fazer a diferença. Por exemplo, a IA poderia melhorar a qualidade do começo das conversas, como ela disse, “dando um empurrão para o destino”.
Ela também procura ajudar as pessoas não apenas a encontrar parceiros românticos mas também platônicos. Bumble lançou recentemente um aplicativo chamado BFF para encontrar amigos.
“Estamos realmente construindo algo que ninguém construiu antes”, disse Wolfe Herd. “Estamos construindo todo um negócio de relacionamento.”
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
‘Golpista do Tinder’: vítima perde processo que responsabiliza banco
Barbie: filme já molda cultura, moda e causas sociais. E gera negócios