Bloomberg — A Ferrari está “totalmente no caminho certo” no desenvolvimento do seu supercarro elétrico, previsto para ser apresentado no quarto trimestre de 2025, disse o CEO Benedetto Vigna na sexta-feira (27) na Semana Tecnológica Italiana em Turim.
A montadora com sede em Maranello, na Itália, contará com alguns “parceiros incomuns” para desenvolver o novo veículo, disse Vigna em uma entrevista à Bloomberg News, sem entrar em detalhes.
O lançamento do supercarro elétrico da Ferrari ocorre em um momento desafiador para o setor automotivo de alto padrão, que trabalha para reduzir as emissões, enquanto a demanda por veículos elétricos diminui.
Enquanto isso, a vantagem da China na produção de células de bateria torna mais desafiadora a transição da Europa para veículos mais limpos.
Leia também: Volkswagen reduz previsão de lucros pela 2ª vez neste ano depois de queda da demanda
O crescimentos dos veículos elétricos chineses deve ser um alerta para o setor automotivo europeu, disse Vigna em uma entrevista à Bloomberg Television em maio.
Vigna, ex-executivo da fabricante de chips STMicroelectronics, começou a moldar a transição elétrica da Ferrari logo após sua entrada na empresa em 2021.
Embora a montadora tenha sido vista como uma retardatária na transição elétrica, sua abordagem cautelosa pode acabar valendo a pena.
Com a desaceleração das vendas de veículos elétricos na Europa, empresas como a Stellantis (STLA) e a Volkswagen estão reduzindo ou redirecionando os projetos de baterias, enquanto a Mercedes-Benz prometeu vender carros tradicionais por mais tempo do que o esperado.
Ainda assim, qualquer mudança em direção aos modelos elétricos representa um equilíbrio delicado para a Ferrari, já que os compradores mais jovens tendem a ser elétricos, mas muitos clientes estabelecidos não querem abrir mão do rugido característico da fabricante de carros esportivos.
Veja mais em Bloomberg.com
Leia também
Stellantis começa a procurar um nome para suceder Carlos Tavares como CEO
Mercedes prevê retorno e lucro menores e cita efeito de demanda na China
A aposta de BMW e Toyota para desenvolver veículos movidos a hidrogênio