Brookfield Asset atrai GIC, Temasek e CDPQ para fundo de energia em emergentes

Gestora canadense levantou US$ 2,4 bilhões iniciais para um fundo dedicado a investir em energias renováveis e ativos de transição energética em mercados emergentes

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Bloomberg — A Brookfield Asset Management levantou US$ 2,4 bilhões iniciais para um fundo dedicado a investir em energia limpa e ativos de transição energética em mercados emergentes, cerca de metade do volume necessário para atingir a sua meta de US$ 5 bilhões.

Os investidores do Catalytic Transition Fund (CTF) incluem o GIC e a Temasek, fundos soberanos de Singapura, a Prudential e a Caisse de Depot et Placement du Québec (CDPQ), que é o segundo maior gestor de pensões públicas do Canadá, de acordo com uma declaração vista pela Bloomberg News.

“O apoio dos investidores mais sofisticados do mundo à estratégia do CTF ressalta a combinação única entre a grande oportunidade comercial e o imperativo climático”, disse Mark Carney, presidente do conselho da Brookfield Asset Management e chefe de seu grupo de investimentos em transição, no comunicado.

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Carney também é presidente do conselho da Bloomberg e foi anteriormente presidente do Banco do Canadá e do Banco da Inglaterra, respectivos bancos centrais dos dois países.

Os investimentos em mercados emergentes precisam ser multiplicados por seis em relação aos níveis atuais para atingir o US$ 1,6 trilhão necessário anualmente até o início da década de 2030 para cumprir as metas globais de emissões líquidas zero, disse a Brookfield. O fundo espera anunciar seus investimentos iniciais no final de 2024.

O fundo, que tem como meta captar US$ 5 bilhões, foi apresentado na conferência sobre mudanças climáticas COP28 - com até US$ 1 bilhão de capital fornecido pela empresa de investimentos Alterra, dos Emirados Árabes Unidos. A Brookfield se comprometeu a fornecer 10% da meta.

Carney aceitou recentemente o cargo de consultor de política econômica do Partido Liberal do primeiro-ministro canadense Justin Trudeau.

O líder do Partido Conservador, Pierre Poilievre, criticou Carney, alegando que ele tentaria se esquivar da divulgação de conflitos de interesse ao assumir o trabalho para um partido político, e não para o próprio governo.

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