Bloomberg — O bitcoin (BTC) disparou para o seu maior patamar até agora este ano, à medida que o apetite ao risco aumentou antes de comentários nesta sexta-feira (1º) do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que podem dar sinais sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos.
A maior criptomoeda em valor de mercado do mundo subiu até 2,9%, atingindo uma alta de US$ 38.834 nesta sexta. Os preços de outros ativos digitais rastreados pela Bloomberg, como ethereum (ETH) e solana (SOL), também subiram mais de 2%.
O salto do bitcoin constitui o maior valor do token desde 5 de maio do ano passado, pouco antes de o colapso do projeto TerraUSD abalar o setor e iniciar uma baixa constante nos preços dos ativos.
“Espera-se que o ambiente macroeconômico continue sendo um vento favorável robusto para as criptomoedas”, disse Markus Thielen, chefe de pesquisa e estratégia da Matrixport, em uma nota nesta sexta-feira.
“Antecipa-se outra queda na inflação, levando o Federal Reserve a provavelmente iniciar cortes nas taxas de juros. Combinado com a frente geopolítica, essa saudável dose de apoio monetário deverá impulsionar o bitcoin a novas máximas em 2024.”
As ações ligadas a criptomoedas também subiram nesta sexta antes da abertura dos mercados em Nova York. As ações da exchange de ativos digitais Coinbase Global subiram 3,5%, enquanto as da mineradora Marathon Digital Holdings tiveram alta de 4%.
No acumulado de 2023, o bitcoin sobe mais de 133%, superando os ganhos em muitos outros setores tradicionais, à medida que os investidores preferiram exposição a ativos mais arriscados.
Os traders estão otimistas que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (a SEC) possa aprovar em breve o primeiro fundo de índice (ETF, na sigla em inglês) do país diretamente vinculado ao bitcoin.
Um acordo entre as autoridades dos EUA e a exchange de criptomoedas Binance no mês passado também acalmou os ânimos, segundo Luuk Strijers, diretor comercial da Deribit.
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