Bloomberg — Há um ano, o mercado de criptomoedas estava arrasado e a ideia de que o bitcoin (BTC) poderia testar novamente um recorde de quase US$ 69.000 era quase risível. Doze meses depois, algumas análises apontam exatamente para essa possibilidade.
A análise técnica que compara a alta do maior ativo digital para US$ 52.000 com os aumentos anteriores gera projeções de mais ganhos nas próximas semanas.
Fica apenas a ressalva de que o passado nem sempre é um guia confiável para o futuro, especialmente para um ativo novo e volátil como o Bitcoin.
Avanço semanal
O preço do bitcoin triplicou desde o início de 2023, impulsionado pelo otimismo em relação aos fundos negociados em bolsa (ETFs) nos EUA, bem como a iminente redução no crescimento do fornecimento do token conhecida como halving.
O rali inclui quatro semanas consecutivas de aumentos até 18 de fevereiro. Nos últimos cinco anos, a criptomoeda subiu em média 49% nos três meses após quatro semanas seguidas de ganhos, de acordo com dados compilados pela Bloomberg. Isso levaria o bitcoin a cerca de US$ 78.000.
“A configuração do mercado para o bitcoin continua muito forte”, disse Richard Galvin, fundador da empresa de investimentos focada em criptomoedas DACM.
Ondas
A análise conhecida como “Ondas de Elliott” postula que os mercados são propensos a repetir padrões de ondas.
Aplicar a técnica ao bitcoin sugere um recuo em direção ao nível de US$ 40.000 antes de um avanço para cerca de US$ 70.000. Isso se compara ao pico histórico do bitcoin de US$ 68.992 em novembro de 2021, quando o mundo estava cheio de estímulos.
Mercado de derivativos
Os especuladores usam contratos de opções para uma série de abordagens. Dados da Deribit, a maior bolsa de opções de criptomoedas, mostram que a estratégia conhecida como trava de alta (ou “call spread” em inglês) está entre as mais populares atualmente para o bitcoin.
Isso sugere que os investidores veem potencial para mais ganhos do token, mas não necessariamente aumentos substanciais. Uma trava de alta envolve a aquisição de uma opção de compra, financiada em parte pela venda simultânea de um contrato com o mesmo vencimento a um preço de exercício mais alto.
O mercado de opções como um todo “está atualmente precificando a probabilidade de atingir uma nova máxima histórica”, disse Caroline Mauron, cofundadora da Orbit Markets, provedora de liquidez de derivativos de ativos digitais.
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