Bloomberg — O bitcoin (BTC) ultrapassou os US$ 45.000 pela primeira vez em quase dois anos à medida que a expectativa pela aprovação de um fundo de índice (ETF) de bitcoin à vista se intensificou.
A criptomoeda subia mais de 6,5% nesta terça-feira (2), atingindo seu nível mais alto desde 6 de abril de 2022, e era negociada a US$ 45.405 por volta das 9h10 (horário de Brasília). Outros tokens também avançaram, com o ethereum (ETH), o segundo maior em valor de mercado, subindo até 4%.
O bitcoin já sobe mais de 20% desde o início de dezembro, à medida que se aproxima o prazo de 10 de janeiro para a Securities and Exchange Commission (SEC), a CVM dos EUA, dar sua aprovação para um ETF de bitcoin no mercado à vista.
Há FOMO (medo de ficar de fora, na sigla em inglês) entre alguns traders nos Estados Unidos e Europa em meio à espera da aprovação do ETF e os investidores começaram a comprar a moeda no primeiro dia do ano, disse Hayden Hughes, cofundador da plataforma Alpha Impact.
“Nervos de aço”
Os traders de opções estavam apostando que o bitcoin atingiria US$ 50.000, impulsionado pelo otimismo em torno do ETF no mercado à vista.
Uma correção significativa é improvável dada a tendência geral otimista e o próximo halving, disse Cici Lu McCalman, fundadora da consultoria blockchain Venn Link Partners, referindo-se a um processo que reduz pela metade a quantidade de bitcoin que os mineradores recebem como recompensa por bloco.
“Acho que os traders precisariam de nervos de aço para fazer short [posição vendida] em BTC”, afirmou ela.
O halving – às vezes chamado de halvening – está previsto para abril e costuma ocorrer a cada quatro anos. A criptomoeda atingiu recordes após cada um dos últimos três halvings.
A recuperação de quase 160% do bitcoin no ano passado reparou parcialmente alguns dos danos causados pelo precipitado crash de 2022 que repercutiu em toda a indústria de criptomoedas.
A moeda superou as ações globais e o ouro no período, mas ainda está abaixo de seu recorde de quase US$ 69.000 durante a pandemia em 2021.
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