Bloomberg — O bitcoin (BTC) atingiu sua mínima de um mês, em meio a resgates em produtos de investimento em ativos digitais e ao cenário de juros mais altos por mais tempo nos Estados Unidos.
A maior criptomoeda em valor de mercado chegou a cair 2,7% nesta terça-feira (18), chegando a um preço visto pela última vez em meados de maio. O ativo, contudo, conseguiu reduzir as perdas e caía 0,62%, a US$ 64.744, às 10h55 (horário de Brasília).
Tokens menores como ethereum (ETH), solana (SOL) e dogecoin (DOGE) também eram negociados em baixa.
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Cerca de US$ 600 milhões foram retirados de produtos de criptoativos na semana passada, o maior volume desde março, de acordo com dados da CoinShares International.
A inflação persistente levou traders a reduzirem as expectativas de cortes na taxa de juros do Federal Reserve neste ano, representando um desafio para investimentos especulativos como criptomoedas.
Ações e títulos têm apresentado retornos melhores do que o bitcoin neste trimestre, uma reversão em relação aos três meses até março, quando ativos digitais superaram os mercados tradicionais de forma significativa.
“As criptomoedas estão se tornando cada vez mais expostas a gatilhos macroeconômicos”, disse a CEO da BTC Markets, Caroline Bowler, acrescentando que permanece otimista sobre o mercado no longo prazo.
Sinais de menor apetite ficaram evidentes em todo o setor de cripto, inclusive para novas moedas.
O token ZK, de um projeto muito elogiado e baseado na blockchain ethereum, registrava queda de 30% após sua listagem na segunda-feira (17), o mais recente de uma série de lançamentos muito esperados que sofreram fortes perdas.
Na Coreia do Sul, uma reportagem sugeriu que novas regulamentações previstas para o próximo mês podem obrigar exchanges a reduzir o número de tokens disponíveis para investidores.
O país é um motor da demanda por ativos digitais menores – as chamadas altcoins – e a informação pode ter assustado alguns traders.
O bitcoin quadruplicou de preço desde o início de 2023 e atingiu uma máxima de US$ 73.798 em março, impulsionado pela demanda por fundos de índice (ETFs) nos EUA.
O rali esfriou recentemente, em linha com menores entradas em ETFs.
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