Taxa de desemprego cai mais que o esperado e eleva desafio do BC para cortar juro

Taxa caiu para 7,5% em abril e ficou abaixo das estimativas de 7,7% de economistas; resultado mostra um mercado de trabalho resiliente e pode complicar alívio monetário

A worker writes on the side of a roll of recycled paper at Klabin SA's recycling and manufacturing facility in Piracicaba, Brazil, on Tuesday, Oct. 1, 2013. Klabin is Latin America’s second-biggest paper maker by sales. Photographer: Paulo Fridman/Bloomberg
Por Andrew Rosati
29 de Maio, 2024 | 11:12 AM

Bloomberg — A taxa de desemprego caiu mais do que o esperado no Brasil, revertendo uma recente alta, o que tende a aumentar o desconforto do Banco Central de que um mercado de trabalho apertado poderia complicar uma redução mais ampla da Selic.

Os dados oficiais divulgados na quarta-feira (29) mostraram que a taxa de desemprego caiu para 7,5% em abril em relação ao mês anterior, abaixo da estimativa mediana de 7,7% dos analistas consultados pela Bloomberg. Cerca de 8,2 milhões de pessoas estavam sem emprego no período.

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As crescentes pressões globais sobre a inflação e um mercado de trabalho resiliente fazem com que a maioria dos analistas aposte em outro corte de 0,25 ponto percentual na taxa de juros em junho, antes que o Banco Central faça uma pausa em seu atual ciclo de flexibilização, com a Selic terminando o ano em 10%.

“Esse é mais um resultado que mostra a resiliência do mercado de trabalho brasileiro, que atualmente se encontra no menor nível dessazonalizado desde novembro de 2014″, escreveu Igor Cadilhac, economista do banco Pic Pay, em comentário após a divulgação da taxa de desemprego.

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-- Com a colaboração de Giovanna Serafim e informações adicionais da Bloomberg Línea.

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