Moody’s eleva nota de crédito e Brasil fica a um nível do grau de investimento

Classificação soberana do país foi elevada de Baa2 para Ba1, o que sinaliza uma redução do risco de inadimplência; agência de rating indicou perspectiva positiva

Balneario Camboriu
Por Vinícius Andrade
01 de Outubro, 2024 | 06:49 PM

Bloomberg — A nota de crédito do Brasil foi elevada para o mais alto grau na classificação de junk grade pela Moody’s Ratings, que citou o crescimento econômico considerado robusto e um histórico de reformas como motivos para a elevação.

A classificação soberana do Brasil foi elevada de Ba2 para Ba1 nesta terça-feira (1º) pela Moody’s, que indicou uma perspectiva positiva. A nota está imediatamente abaixo do grau de investimento, atribuído a países considerados mais confiáveis para a compra de títulos da dívida.

"O upgrade reflete melhorias materiais no crédito que esperamos que continuem", escreveram os analistas, incluindo Samar Maziad, em um comunicado.

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Embora a credibilidade do arcabouço fiscal “ainda seja moderada”, o crescimento e a adesão às regras fiscais “permitirão que o ônus da dívida se estabilize no médio prazo, embora em níveis relativamente altos”, acrescentaram.

Desde que o país foi classificado como junk em 2016, a Moody’s fez uma série de mudanças na perspectiva - mudando-a de negativa para estável em 2017, voltando para negativa meses depois e novamente para estável no ano seguinte.

A agência afirmou a pontuação e a perspectiva estável duas vezes - em 2020 e 2022 - antes de elevar a perspectiva para positiva em maio.

A Fitch Ratings e a S&P Global Ratings elevaram o Brasil para BB no ano passado - dois níveis abaixo do grau de investimento.

A elevação ocorre no momento em que o Brasil tenta recuperar o status de grau de investimento que perdeu há quase uma década.

O arcabouço fiscal apresentado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a tão esperada reforma tributária foram bem recebidos por investidores.

Ainda assim, as medidas não foram suficientes para dissipar os temores sobre a trajetória da dívida do Brasil e as perspectivas de crescimento no longo prazo.

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