IPCA-15 tem queda de 0,07% em julho, após redução de preços de energia elétrica

Economistas consultados pela Bloomberg estimavam deflação de 0,03% em julho; indicador é o último dado de inflação antes da reunião do Copom

Foto: Cyril Marcilhacy/Bloomberg
25 de Julho, 2023 | 09:19 AM

Bloomberg Línea — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve deflação de 0,07% em julho em meio à queda nos preços da energia elétrica. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Economistas consultados pela Bloomberg esperavam queda de 0,03% em relação ao mês de junho. No ano, a alta acumulada é de 3,09% e, em 12 meses, de 3,19%.

Segundo o IBGE, a queda de 0,11 ponto percentual em relação à taxa do mês anterior (0,04%) ocorreu principalmente pela retração nos preços da energia elétrica residencial (-3,45%), após a incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas de julho. Em julho de 2022 o IPCA-15 teve alta de 0,13%.

Além da energia elétrica residencial (-3,45%), a queda nos preços do botijão de gás (-2,10%) no mês passado também influenciou a retração do grupo Habitação (-0,94%), um dos que mais impactaram o índice geral.

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O indicador é o último dado de inflação a ser divulgado antes da decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom) na próxima semana. A maior parte das apostas estão concentradas em um corte de 0,25 ponto percentual da Selic, para 13,50% ao ano.

O relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta terça-feira (25) mostrou uma melhora nas projeções para a inflação este ano. Agora, os economistas esperam alta de 4,90% do IPCA, ante 4,95% anteriormente. A expectativa para a Selic, por sua vez, se manteve a 12% em dezembro.

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Mariana d'Ávila

Editora assistente na Bloomberg Línea. Jornalista brasileira formada pela Faculdade Cásper Líbero, especializada em investimentos e finanças pessoais e com passagem pela redação do InfoMoney.