Bloomberg Línea — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, teve alta de 0,28% em agosto, após deflação de 0,07% em julho. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (25) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio acima do esperado por economistas do mercado financeiro. No ano, a alta acumulada é de 3,38% e, em 12 meses, de 4,24%.
Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em agosto.
A maior influência no mês foi do grupo habitação (1,08%), com destaque para a energia elétrica residencial, que teve alta com o fim da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês anterior.
Além disso, reajustes foram aplicados em três áreas de abrangência do índice: Curitiba, Porto Alegre e São Paulo.
Na sequência, Saúde e cuidados pessoais (0,81%) e Educação (0,71%) tiveram grande impacto no indicador, exercendo impacto no índice geral de de 0,11 p.p. e 0,04 p.p., respectivamente.
O IPCA-15 é acompanhado de perto enquanto investidores monitoram os passos futuros do Banco Central no ciclo de afrouxamento monetário. O próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom) e, consequentemente, de decisão sobre a Selic, ocorrerá nos dias 19 e 20 de setembro.
O relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta semana mostrou uma revisão para cima nas expectativas para a inflação este ano, de 4,84% para 4,90%. A expectativa para a Selic, por sua vez, se manteve a 11,75% em dezembro.
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