Bloomberg Línea — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou para 0,23% em maio, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta quarta-feira (7). No acumulado de 2023, a alta é de 2,95%, e, em 12 meses, de 3,94%.
Os dados vieram abaixo do esperado. Economistas consultados pela Bloomberg estimavam alta de 0,33% da inflação em maio, após alta de 0,61% em abril. Na comparação anual, a expectativa era de alta de 4,04%, contra 4,18% na leitura anterior.
Em maio de 2022, a variação da inflação havia sido de 0,47%.
Segundo o IBGE, a desaceleração do índice em maio foi influenciada pela queda nos grupos de Transportes (-0,57%), Artigos de residência (-0,23%) e Alimentação e Bebidas, este que passou de alta de 0,71% em abril para 0,16% em maio.
O principal destaque foi na alimentação no domicílio, que passou de 0,73% no mês anterior para uma estabilidade em maio. O grupo registrou queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%), destaca o IBGE.
Por outro lado, a alta teve como destaque a inflação do tomate (6,65%), do leite longa vida (2,37%) e do pão francês (1,40%). “Nos casos do tomate e do leite, os aumentos de preço estão relacionados a uma menor oferta”, explica André Almeida, analista da pesquisa, em nota.
O IPCA de maio é o último dado oficial de inflação com potencial de influenciar as expectativas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a ser realizado nos dias 20 e 21 de junho.
Na terça-feira (6), a precificação de redução da taxa em agosto subiu para mais de 20 pontos, ante 16 pontos na sexta-feira (2), diante do tom mais ameno de dirigentes do Banco Central.
Um aumento das apostas em cortes da taxa Selic, contudo, depende de o índice repetir o alívio nos núcleos e serviços visto no IPCA-15, que subiu menos do que o esperado em maio, tendo alta de 0,51%.
-- Com informações da Bloomberg News
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