Bloomberg — O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e membros-chave do gabinete chegaram neste domingo (5) ao Rio Grande do Sul, onde inundações recordes fecharam o aeroporto principal e deixaram cidades submersas ou isoladas com a destruição de trechos de estradas, com dezenas de mortos e muitos outros desaparecidos.
Chuvas fortes sobre o estado ao longo dos últimos dias fizeram com que os principais rios transbordassem, sobrecarregaram barragens e deslocaram mais de 88.000 pessoas em mais de 330 municípios.
Pelo menos 75 pessoas morreram e 103 estão desaparecidos, segundo o último relatório oficial. Vários bairros da capital Porto Alegre estão inundados, enquanto o aeroporto internacional anunciou na sexta-feira (3) à noite que fecharia por tempo indeterminado.
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Algumas empresas que haviam anunciado a suspensão de atividades devido às fortes chuvas agora estão anunciando que retomarão seu trabalho normal nesta segunda-feira (6).
O presidente Lula se encontrou com o governador do estado, Eduardo Leite, que solicitou ajuda federal para reconstruir a infraestrutura da região, dizendo que o esforço necessário se compara aos bilhões de dólares gastos pelo governo dos Estados Unidos após a Segunda Guerra Mundial.
Na última quinta-feira, Lula e alguns ministros já haviam visitado o estado na cidade de Santa Maria, uma das mais atingidas pelas chuvas intensas, para avaliar a situação.
Lula visitou as áreas inundadas e concedeu uma entrevista coletiva de imprensa cercado por vários membros de seu gabinete, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chefe da Casa Civil, Rui Costa, juntamente com líderes do congresso - o presidente da Câmara dos Deputados, Artur Lira, e o do Senado, Rodrigo Pacheco, além de chefes e membros dos tribunais de justiça do país.
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“Este é um estado muito importante no Brasil”, disse Lula, que prometeu ajuda federal para reconstruir estradas. O Rio Grande do Sul é um dos estados-chave para a agricultura, um dos principais impulsionadores do desempenho econômico do país no ano passado, melhor do que o esperado.
“É hora de o Brasil retribuir e ajudar o Rio Grande do Sul”, disse ele.
Esta é a quarta onda de clima extremo que o Rio Grande do Sul enfrenta em menos de um ano. Especialistas dizem que as inundações são as piores em mais de 80 anos e possivelmente da história registrada, superando as de 1941, quando as chuvas continuaram por mais de 30 dias seguidos.
Alguns municípios enfrentam chuvas mais intensas do que em setembro passado, quando 54 pessoas morreram e os danos se espalharam por 40 cidades ao longo do rio Taquari.
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