Campos Neto vê espaço para Banco Central continuar a reduzir a taxa de juros

Em entrevista à Bloomberg Television, o presidente do BC mencionou a avaliação de que a inflação está bem comportada, o que permitiria o relaxamento monetário

Por

Bloomberg — O Banco Central pode continuar a reduzir as taxas de juros, já que a inflação está bem comportada, mesmo que ainda se encontre um pouco acima da meta, disse Roberto Campos Neto em entrevista à Bloomberg Television nesta terça-feira (21).

Depois de promover um ciclo agressivo de aperto monetário, Campos Neto foi um dos primeiros a começar a relaxar a política de juros na América Latina.

O BC realizou três cortes consecutivos de meio ponto percentual da Selic desde agosto, para 12,25% ao ano, e prevê pelo menos mais duas reduções da mesma magnitude nos próximos meses.

A inflação anual está subindo novamente, mas há alívio nos núcleos e nos preços dos serviços.

A maioria dos analistas ainda prevê o IPCA dentro da faixa de tolerância da meta até dezembro, o que marcaria o primeiro cumprimento em três anos. No início deste ano, o governo manteve a meta de inflação em 3%, um fator fundamental para os cortes nas taxas.

Veja mais em Bloomberg.com

Leia também

A visão de Campos Neto para um futuro sem dinheiro em espécie nem cartões de crédito

Guerra, da Legacy, vê juro ‘fora do lugar’ e espera aceleração no ritmo de cortes

Ciclo de corte nos juros pode ir além do esperado, diz Tony Volpon, ex-BC