Brasil manterá a compra de diesel da Rússia para aliviar os preços, diz ministro

Em entrevista à Bloomberg News, Alexandre Silveira, de Minas e Energia, afirmou que se as compras favorecem a redução de preço na bomba, não há preocupação

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira
Por Mariana Durão - Ruth Liao
12 de Outubro, 2023 | 10:17 AM

Bloomberg — O Brasil continuará a importar diesel russo enquanto isso ajudar a conter os preços dos combustíveis para o consumidor brasileiro, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista à Bloomberg News.

A Rússia consolidou sua posição como principal fornecedor do combustível para o Brasil neste ano, superando os EUA. Silveira, que está em Washington para discutir colaboração na transição energética, não vê pressão do governo do presidente Joe Biden para suspender as importações.

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“Se a importação de diesel, seja russo ou de qualquer outro país, favorecer a diminuição de preço na bomba, então não é uma preocupação”, disse Silveira. Existe um “entendimento de que os países em desenvolvimento precisam expandir laços comerciais para se fortalecerem economicamente e combaterem a desigualdade”.

Os EUA e países aliados tentam limitar o fluxo dos chamados “petrodólares” para a Rússia para reduzir os fundos disponíveis para a guerra na Ucrânia.

A Petrobras (PETR3; PETR4) compete com os importadores e seu plano estratégico para os próximos cinco anos terá como foco tornar o país autossuficiente na produção de gasolina e diesel, disse o ministro.

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A atual política de preços da estatal protegerá o país de uma oscilação nos preços dos combustíveis, caso a guerra entre Israel e Hamas se alastre para outras nações do Oriente Médio, avaliou.

A companhia leva em consideração os custos de produção doméstica no âmbito de uma nova política de preços de combustíveis anunciada em maio, que ajudará a amortecer o impacto da volatilidade nos mercados globais de petróleo, disse Silveira.

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