©2024 Bloomberg L.P. — A Polícia Federal prendeu, na manhã deste sábado (14), o ex-ministro da Defesa e aliado próximo do ex-presidente Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto. Ele é um dos alvos do inquérito que apura a suspeita de tentativa de golpe de Estado no país após as eleições de 2022.
Braga Netto estava entre as dezenas de autoridades - incluindo Jair Bolsonaro - que a polícia acusou em novembro de conspirar para manter o ex-presidente no poder após sua derrota eleitoral em 2022. Seu advogado não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Leia mais: TSE abre investigação de Bolsonaro em caso sobre questionamento de eleições
Em 8 de janeiro de 2023, milhares de apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios do governo na capital, Brasília, em meio a alegações de que a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia sido fraudulenta. Embora Bolsonaro negue ter participado dos tumultos, as autoridades vêm investigando o líder de direita e membros de seu governo desde então por supostos esforços para anular a vontade do povo brasileiro.
A polícia prendeu Braga Netto, que serviu como companheiro de chapa de Bolsonaro em 2022, em sua casa no Rio de Janeiro na madrugada de sábado, depois que ele retornou de viagem à cidade, de acordo com o povo. Ele é o membro do mais alto escalão do antigo governo a ser detido.
A Polícia Federal tomou medidas para “evitar a repetição de ações ilegais”, disse no sábado em um comunicado que não identificou Braga Netto.
Os mandados de prisão preventiva, busca e apreensão foram expedidos pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF).
- Em atualização.
Veja mais em bloomberg.com
