Após deflação, IPCA tem alta de 0,12% em julho e vem acima do esperado

Os dados vieram acima da alta de 0,08% esperada por economistas consultados pela Bloomberg; no ano, inflação avança 2,99%

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Bloomberg Línea — O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,12% em julho, após deflação no mês anterior, segundo informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta sexta-feira (11).

No ano, o indicador tem alta de 2,99%, enquanto em 12 meses acumula alta de 3,99%, acima dos 3,16% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Os dados vieram acima do esperado. Economistas consultados pela Bloomberg estimavam alta de 0,08% na comparação mensal, após deflação de 0,08% em junho.

De acordo com o IBGE, a gasolina foi o produto que mais impactou o resultado do mês passado, com uma variação de 4,75% e contribuição de 0,23 p.p. no índice. Em junho, ela havia apresentado queda de 1,14%.

“Em junho houve reduções aplicadas nas refinarias. A alta de julho capta a reoneração de impostos, com a volta da cobrança da alíquota cheia de PIS/COFINS”, explica André Almeida, analista da pesquisa, em nota.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram alta em julho. O maior impacto e a maior variação vieram do grupo de Transportes. No lado das quedas, destacam-se os grupos Habitação e Alimentação e bebidas.

Rumo da Selic

Os investidores acompanham os dados de inflação em busca de pistas sobre os próximos passos do Banco Central.

Em julho, o Comitê de Política Monetária (Copom) cortou a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25% ao ano, na primeira redução da Selic desde agosto de 2020. A taxa estava em 13,75% desde agosto de 2022.

No comunicado após a decisão, a autoridade monetária disse ver espaço para um início gradual no ciclo de flexibilização monetária, com novos cortes nas próximas reuniões.

Há quem veja, contudo, um aumento no ritmo de cortes na próxima reunião, em setembro, para 0,75 ponto percentual.

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