Bloomberg Línea — A SLC Agrícola fechou um acordo para a aquisição da Sierentz Agro Brasil por US$ 135 milhões (aproximadamente R$ 773,6 milhões).
O montante total será pago em três parcelas, sendo a primeira, de 60%, paga na data do fechamento da aquisição. Outros 20% serão pagos em 30 de abril de 2026 e 20% em 30 de abril de 2027, segundo informou a empresa em comunicado nesta sexta-feira (7).
A Sierentz atua na produção de soja, milho e outros produtos agrícolas, bem como na criação de gado em sistema de integração lavoura-pecuária.
De acordo com a SLC, a aquisição permitirá um crescimento de 13% sobre a área plantada na safra 2024/25 “e fortalece a estratégia de diversificação geográfica do portfólio de terras sobre gestão, visando diminuir riscos climáticos”, informou a companhia, em comunicado ao mercado. “Além disso, amplia a exposição em áreas arrendadas, passando a representar 66,5% da área física sob gestão.”
Leia também: Raiar quer popularizar o ovo orgânico. 2 milhões de galinhas são só o começo, diz CEO
Os papéis da SLC (SLCE3) avançavam 2,84% por volta das 11h30 de sexta-feira (7), após a divulgação do acordo, a R$ 19,20 cada. No acumulado do ano, as ações tem ganho de 10,85%, ante um desempenho de 2,66% do Ibovespa (IBOV).
Segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Sierentz opera em áreas arrendadas, nos estados de Maranhão (MA), Piauí (PI) e Pará (PA), que totalizam aproximadamente 96 mil hectares físicos.
O Maranhão concentra o principal polo dos negócios da companhia, com 68 mil hectares, seguido pelo Piauí com 18 mil hectares e o Pará com 10 mil hectares.
“Parte dessas áreas têm aptidão para a realização de segunda safra, totalizando um potencial de em torno de 135 mil hectares plantados”, disse a SLC, em comunicado ao mercado.
De acordo com a SLC, os contratos de arrendamento da Sierentz Agro Brasil possuem um custo médio anual de 9,3 sacas de soja por hectare, com prazo médio de 13 anos.
Além disso, uma parte da operação da empresa inclui uma proposta vinculante de transferência de 33 mil hectares à Terrus, que incluem os equipamentos já necessários para a sua exploração pelo valor de R$ 191,2 milhões.
O controle da operação pela SLC Agrícola está previsto para ocorrer a partir de 1º de julho de 2025. A conclusão da aquisição ainda depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
Leia também
Raízen contrata JPMorgan para venda de ativos na Argentina, dizem fontes
Gigante do café pede recuperação judicial com R$ 2,1 bilhões em dívidas
