Bloomberg Línea — A BrasilAgro (AGRO3) avança com uma estratégia de diversificar as operações e, nesse contexto, busca expandir e equilibrar sua atuação no Paraguai.
A companhia tem 22 fazendas em seu portfólio, espalhadas em 271 mil hectares divididos em seis estados brasileiros, no Paraguai e na Bolívia. Atualmente, a empresa tem um mix de 65% de terras próprias e 35% de arrendadas.
O plano da companhia é estruturar no Paraguai uma operação que funcione como uma espécie de “mini BrasilAgro”, o que garantiria maior eficiência e reduziria a dependência de recursos enviados do Brasil.
Leia mais: BrasilAgro se beneficia de diversificação, mas sofre efeito do câmbio desvalorizado
“Não queremos arrendar terras na região do Chaco do Paraguai ou na região ocidental. Queremos arrendar terras na região oriental do Paraguai para termos ali como se fosse uma mini BrasilAgro”, disse o CEO da companhia, André Guillaumon.
A visão do executivo, compartilhada em teleconferência com jornalistas, é que ter uma operação mais consolidada no Paraguai pode sanar ineficiências “do ponto de vista de emissão de fluxo” para o Paraguai e de volta ao Brasil.
Essa iniciativa permitiria um portfólio mais equilibrado, em que a empresa poderia operar de maneira mais autossuficiente, sem precisar compensar eventuais flutuações climáticas com aportes financeiros da matriz.
“Esse é um objetivo que está claro, e é uma meta da companhia neste ano: o de equilibrar um pouco mais o portfolio nesses locais [Bolívia e Paraguai], para que eles possam caminhar por conta própria”, disse o executivo.
No Paraguai, a empresa não possui terras arrendadas, enquanto a área útil de terras próprias na região está em 33.500 hectares. Na Bolívia, a área útil arrendada está em 1.000 hectares, enquanto a área com terras próprias está em 7.900 hectares.
O Brasil concentra o principal negócio de terras da companhia: o tamanho da área com terras próprias no país está em 89.400 hectares, versus 68.900 hectares de terras arrendadas.
Leia mais
Agtech que atraiu Paulo Guedes como investidor prevê chegar a R$ 450 mi em receita
JBS poderá auxiliar na internacionalização da Mantiqueira, diz Márcio Utsch
Smithfield, concorrente da JBS em suínos, levanta US$ 522 milhões em IPO em NY