Milho e farelo de soja atingem picos do ano com enchentes no Rio Grande do Sul

Em meio a chuvas no sul e seca em outras áreas do Brasil, analistas questionam se expectativas de uma safra grande na América do Sul poderão ser alcançadas

Além das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, áreas de cultivo da safrinha de milho no Brasil sofrem com condições secas e quentes
Por Keira Wright e Hallie Gu
07 de Maio, 2024 | 08:42 AM

Bloomberg — O milho e o farelo de soja atingiram picos de preço para o ano em meio ao mau tempo que assola regiões produtoras no Brasil e nos Estados Unidos, além da praga de insetos nas plantações da Argentina.

Os futuros de milho em Chicago chegaram brevemente a US$ 4,72 o bushel, o nível mais alto desde dezembro, antes de recuarem abaixo de US$ 4,70.

Na China, a cotação do farelo de soja na bolsa de commodities de Dalian subiu mais de 3%, também para uma máxima desde o final do ano passado, e acumula alta de mais de 5% na semana.

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“Há dúvidas se as expectativas de uma safra grande na América do Sul poderão ser alcançadas após as fortes enchentes no Brasil”, disse Zhu Rongping, analista de commodities da Mysteel. “Os preços em Dalian subiram significativamente por causa disso.”

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Além das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, áreas de cultivo da safrinha de milho no Brasil sofrem com condições secas e quentes, enquanto o Meio-Oeste dos EUA foi atingido por chuvas que atrasaram o plantio.

Na Argentina, a estimativa de safra foi reduzida devido aos danos causados pela cigarrinha do milho.

O Departamento de Agricultura dos EUA divulgará seu relatório sobre oferta e demanda na sexta-feira (10), e analistas consultados pela Bloomberg preveem que a estimativa para os estoques globais de milho será cortada.

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