Milho atinge o nível mais baixo em três anos na China com maior oferta do Brasil

Cotação do grão no país tem sido pressionada pelo grande volume de importações do Brasil e pela safra maior na própria China

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Bloomberg — Os preços do milho na China estenderam sua queda para o nível mais baixo em mais de três anos, devido à oferta farta, mesmo depois que a estatal do setor no país se comprometeu a comprar o grão para elevar as reservas.

O contrato futuro mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian caiu até 1,1% para 2.317 yuan por tonelada nesta segunda-feira (22), o mais baixo desde setembro de 2020, antes de ser negociado a 2.326 yuan até às 11h30 no horário local.

A Sinograin, estatal da China, disse no início deste mês que aumentaria as compras de milho cultivado no país este ano, o que impulsionou brevemente os preços. No entanto, o mercado voltou a cair sob pressão de uma safra forte e das importações quase recordes do ano passado.

As importações de milho pela maior compradora do mundo aumentaram 32% para 27,13 milhões de toneladas no ano passado, quase igualando o recorde alcançado em 2021, de acordo com dados alfandegários da semana passada.

Isso incluiu uma grande quantidade de grãos do Brasil, depois que a China autorizou o transporte do país em uma iniciativa para diversificar os fornecedores.

Enquanto isso, a produção de milho no país aumentou mais de 4% no ano passado, para um recorde de 288,84 milhões de toneladas, segundo o ministério da agricultura.

O panorama do mercado global está fraco, de acordo com a BMI, unidade da Fitch Solutions. O mercado voltará a ter um excedente líquido de 40,1 milhões de toneladas em 2023-24, saindo de um déficit de 1,1 milhão de toneladas um ano antes, e a acumulação de estoques servirá como uma grande pressão de preços, de acordo com um relatório datado de 19 de janeiro.

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